Edmar Melo/foto Veja o depoimento da deputada estadual Tereza Leitão, na saída da reunião do diretório do PT Não tem nenhum problema entre nós sobre a entrega de cargos.

Queríamos coroar esse processo com uma decisão unificada, que não precisasse ser votada, ela fosse aclamada.

Nós achamos que o PT precisa disso.

Nos foi negado por uma simples burocracia.

A burocracia se sobrepôs à política. (Defendemos) posicionamento favorável à entrega dos cargos no governo do Estado de maneira formal e partidária com o documento oficial entregue ao governador.

A gente queria discutir na política porque o central não é isso (a entrega dos cargos).

O central é o PT, para onde o PT vai depois disso.

Foi negado ao PT a possibilidade de fazer um debate político que pudesse unificar todo mundo em um documento, onde não haveria vencidos nem vencedores, um documento aprovado por aclamação, onde o grande vitorioso seria o Partido dos Trabalhadores.

Isso foi negado.

Não dá mais para a gente estar remoendo com essa questão de cargos. É um bode que está na sala e que já está fedendo.

Não dá mais para continuar com isso.

Vamos entregar esses cargos e vamos cuidar da vida.

O PT de Pernambuco negar isso no estágio em que ele se encontra é negar a política, é negar a sua história, negar o que Lula está fazendo como presidente de honra do PT.

Lula não é sequer membro do diretório, mas conversa, aconselha, faz análise de conjuntura.

Isso foi negado.

Negar a política.

Isso é o fim da picada.

Quando um partido político nega a política ele tá negando a si próprio.

E o que mais esse partido está precisando é conversar.

Minha decepção maior é se negar o debate político em um partido político.

Isso é uma coisa desastrosa para a política.

O partido precisa se reconstruir.

Ele tem que juntar os seus cacos calmamente, com paciência, com tolerância.

Isso foi uma atitude de intolerância.

Negar o debate num momento de extrema crise, além de burrice política, é intolerância.