O ex-prefeito João Paulo, do PT, deve aproveitar a sua festa de aniversário, em breve, para dar a senha.
Com a ajuda de aliados, quer mostrar que está disposto a ser senador ou mesmo candidato a governador em 2014, se o PT apostar em uma candidatura própria, dispensando o vingador Armando Monteiro Neto, do PTB.
A conferir.
Neste final de semana, os petistas, finalmente, devem chegar a um acordo entre as suas alas internas para deixar o governo Eduardo Campos.
Na semana passada, o PTB de Armando Monteiro Neto já havia tomado a mesma iniciativa, ficando livre para atuar de forma mais independente, inclusive na Assembleia Legislativa.
O PT local precisa desesperadamente de um puxador de votos.
Se fosse se aliar a Eduardo Campos, poderia até mesmo reduzir o número de deputados federais que conta hoje.
Como Humberto Costa já foi derrotado diversas vezes, o seu nome não é cogitado. É neste quadro que João Paulo confia ser convocado.
Briga antiga No mês passado, o PSB anunciou a entrega dos cargos que mantém no governo federal, primeiro ato concreto rumo à candidatura presidencial de Campos em 2014.
Depois do ex-ministro FBC, na Integração Nacional, nesta semana saiu o presidente da Chesf, João Bosco, indicado pelo PSB.
Em Pernambuco, o grupo petista ligado ao senador Humberto Costa e aos deputados federais João Paulo e Pedro Eugênio, presidente do PT-PE, anunciou nesta semana a disposição de deixar o governo Campos.
Do outro lado da briga, o ex-prefeito do Recife João da Costa e o presidente do PT do Recife, Oscar Barreto, que é vice da pasta da Agricultura de Campos, querem protelar ou até evitar o desembarque.
O PT tem 25 cargos no governo Campos, entre eles o de secretário da Cultura.
Também comandava a pasta de Transportes, mas o titular trocou o partido neste mês pelo PSB.
Na prefeitura, comanda a área de Habitação.
Os conflitos internos do PT-PE se agravaram no ano passado, após a direção nacional do partido impedir a tentativa de reeleição de João da Costa no Recife.
Houve intervenção, e Humberto Costa foi o candidato petista, ficando em terceiro lugar, encerrando hegemonia petista de 12 anos na cidade.