Complexo prisional de Itaquitinga também enfrenta problemas.
Foto: Guga Matos/JC Imagem Por Giovanni Sandes Do JC Online A Arena Pernambuco não é o único contrato de concessão do governo Eduardo Campos (PSB) que precisa ter contas refeitas.
Na gestão do governador e presidenciável foram iniciados cinco desses contratos, um licitado ainda em 2006, antes do governo Eduardo.
São todos projetos de mais de 30 anos.
Mas três já estão em desequilíbrio financeiro: o estádio da Copa 2014, um complexo prisional em Itaquitinga, na Mata Norte, e um complexo viário em Suape, Litoral Sul.
Em todos os casos, o modelo de negócios foi proposto pelos mesmos grupos que assumiram os contratos.
Uma concessão é diferente de uma obra pública, porque envolve construção e serviços, por até 35 anos.
Há concessões tradicionais, em que a iniciativa privada tira seu lucro de tarifas cobradas a usuários (como pedágio em uma estrada), e concessões do tipo parceria público-privada (PPP), paga em parte ou totalmente pelo poder público.
No Estado, as concessões funcionando do jeito que foram criadas são a PPP do acesso ao Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, e a do saneamento do Grande Recife e Goiana, recém-iniciada.
Os outros casos estão diferentes do previsto.
O Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga (CIR), Mata Norte, é a mais problemática.
As obras de R$ 350 milhões pararam em 85% de execução, deixando na cidade seis prédios incompletos e vazios desde junho de 2012. É uma PPP em que o faturamento de R$ 1,9 bilhão só começaria após o complexo ficar pronto.
As 3.126 vagas desativariam os presídios de Itamaracá.
Mas deu tudo errado: o esforço financeiro quebrou a Yumatã e a Socializa Empreendimentos, à frente da concessionária Reintegra Brasil.
O curioso é que as próprias empresas propuseram a PPP, vencida por elas depois de licitadas por Pernambuco.
A saída foi escolher outra empresa, a DAG Construtora, para assumir a concessionária.
O processo se arrasta desde o início do ano. É tanta complicação que a elaboração de novas contas ficou para depois. “A troca de comando ainda está se processando e, portanto, não tem sido cogitado tratar de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato neste momento”, informa a Secretaria de Governo (Segov).
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