O superintendente de Operações da Celpe, Saulo Cabral, e o gerente de Expansão e Novas Ligações, Aldo Formiga, defenderam hoje as vantagens de uma rede subterrânea no Recife Antigo, embora salientando que não basta só retirar os fios da rede elétrica, é preciso envolver também a fiação da rede de telefonia e TV a cabo, pois as empresas de telecomunicações fazem o compartilhamento da rede. “A pedido da Prefeitura do Recife, a Celpe já iniciou os estudos, com a contratação de especificação de projeto e termo de referência.

Temos certeza que, tendo a Prefeitura como agente integrador, vamos conseguir agregar todos os agentes envolvidos. “Nossa ideia é iniciar a primeira obra ainda em 2014”, comentou Cabral.

Em seguida, os próximos passos incluem reuniões da Celpe com os órgãos da Prefeitura e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e contratação de consultoria, pela Celpe, para gerir a obra subterrânea e fazer um levantamento físico das condições atuais da área.

Haverá também uma contratação e mapeamento subterrâneo através de georadar e elaboração do projeto elétrico.

A intenção da Celpe é dividir o projeto de embutimento da fiação em três etapas: começar a obra pelo trecho portuário, seguir pela parte central do Bairro (que envolve as ruas mais movimentadas), e finalizar com a área do lado oposto ao porto, em toda a extensão mais próxima ao rio Capibaribe.

De acordo com o superintendente de Operações da Celpe, essa primeira etapa, do estudo preliminar, leva 60 dias.

Em seguida, serão três a quatro meses de estudo para a contratação do serviço. “A reunião serviu para avançarmos ainda mais com a Celpe.

O primeiro passo para a obra é a contratação de um projeto executivo.

A Prefeitura do Recife está em contato com a Celpe e a empresa está se mostrando bem solícita”, disse o secretário executivo da pasta de Turismo e Lazer, Luis Eduardo Antunes.

Entre as vantagens de uma rede elétrica subterrânea estão a diminuição da poluição visual, valorização dos imóveis do local que a fiação for embutida, aumento da movimentação comercial da área e redução das interrupções de energia, além dos ganhos ambientais, com a redução das podas das árvores.

Como uma obra de cabeamento subterrâneo nas ruas requer escavações, também envolve questões hidráulicas, já que há galerias e tubulações no solo, o assessor Executivo da Presidência da Compesa, Sérgio Murilo Guimarães, também esteve presente.

Nesta quinta (17), ocorreu a III Reunião do Comitê Gestor do Bairro do Recife, com a presença de representantes da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) para tratar sobre o tema.