O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Marreta) recebeu várias denúncias envolvendo a obra da reforma do prédio do Palácio do Governo.

Entre elas, assédio moral e sexual, abuso de poder, falta de segurança, desvio de função, não fornecimento de farda e perseguição aos Cipeiros (dois deles teriam sido dispensados do trabalho, mas continuam recebendo salário).

As acusações já foram encaminhadas à Superintendência Regional do Trabalho (SRTE/PE)/ Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e uma primeira audiência aconteceu na manhã do dia 11 de outubro, sem alarde.

A mais grave denuncia envolve uma servente de pedreiro, Sandra Maria da Silva, 33, que teria sido demitida após denunciar na polícia o assédio sofrido por parte do seu superior, o encarregado da obra Alexandro Batista da Silva.

De acordo com o que ela relatou ao sindicato, Alexandro teria ameaçado demiti-la caso não mantivesse relações sexuais com ele e ainda a agrediu com palavras preconceituosas.

A vítima está sendo acompanhada por psicólogo.

O MTE agendou audiência de conciliação para o dia 5 de dezembro, prazo em que a obra, provavelmente, já estará concluída. “A Marreta recusa esse comportamento e incentiva aos profissionais que sofrem esse tipo de assédio que denunciem os casos para evitar novas situações.

O sindicato também não entende a lentidão da justiça para o agendamento da reunião de conciliação”, diz a entidade.