Foto: Michele Souza/JC Imagem Por Ayrton Maciel Do JC Online Marcados pelo antagonismo político e a animosidade pessoal desde a eleição do Recife do ano passado, os 18 integrantes da Executiva estadual do PT decidiram, noite dessa segunda-feira, convocar uma reunião extraordinária do Diretório Estadual – com 57 membros –, para o próximo domingo (20), às 9h, visando a definir se devolvem ou não os cargos do partido e saem do governo Eduardo Campos (PSB) e da gestão Geraldo Julio (PSB), na Prefeitura do Recife.
Antes disso, sexta-feira (18), uma delegação da estadual seguirá a São Paulo para reunião com uma representação da Executiva nacional sobre o quadro pós-saída do PSB do governo Dilma e a postura do PT em Pernambuco.
Durante uma hora e meia, com momentos de discussão acalorada, a Executiva estadual buscou conciliar as duas posições – uma pela entrega dos cargos, outra pela permanências nos governos –, mas a saída consensual foi inviabilizada pelo antagonismo dos grupos, um ligado ao senador Humberto Costa e ao deputado João Paulo e o outro ao ex-prefeito João da Costa e deputados Fernando Ferro e Teresa Leitão, que disputam a próxima direção do partido, no processo eleitoral (PED) de novembro.
O do senador anunciou a entrega dos cargos, domingo passado, e o do ex-prefeito defende a permanência.
Para compor a delegação que vai a São Paulo, serão convidados o senador, os três deputados federais e cinco estaduais, três prefeitos do partidos que têm assento na Executiva, os 15 outros membros, os quatro candidatos a presidente estadual (uma é a deputada, Teresa Leitão) e um representante de cada tendência não representada na direção.
A delegação será custeada pelo PT ou por recursos próprios.
Nessa segunda-feira, por não integrarem a Executiva, as principais lideranças não participaram da reunião.
Apenas o atual presidente, Pedro Eugênio, o deputado estadual Manoel Santos e o vereador do Recife Jurandir Liberal (saiu antes do final) e representantes de tendências compareceram. “O encontro com a nacional vai discutir a conjuntura e a importância política de Pernambuco no cenário nacional.
Domingo, às 9h, em local que iremos definir, o Diretório deliberará pela entrega ou não dos cargos”, esclareceu Pedro Eugênio. “O Diretório tem força para obrigar a sair, não para obrigar a ficar.
Nós já saímos”, ressalvou ao final Bruno Ribeiro, que disputa a presidência do PT e faz parte da corrente de Humberto Costa, a Construindo um Novo Brasil (CNB).