O governador Eduardo Campos disse hoje que o debate proposto pela Rede e o PSB sobre a economia ajudam o Brasil e o governo Dilma, a olhar para o futuro.

No evento, de forma direta, Eduardo também declarações que podem ser interpretadas como uma ironia com Dilma, que sugeriu aos adversários estudar o Brasil. “Eu tenho acompanhado o que Marina tem falado, nos debates. É uma crítica que muitos tem levantado.

A própria imprensa.

Os analistas econômicos tem levantado críticas.

Mais do que levantar críticas, tem se apontado também caminhos. É esse debate que nos interessa fazer.

Um debate em que a gente reconhece exatamente o que houve de bom, de maneira positiva na vida brasileira nos últimos anos, mas a gente, de outro lado, também reconhece a necessidade de aprofundar o debate para legar ao País uma retomada do crescimento”, frisou. “Para que este crescimento tenha qualidade, para que este crescimento se sustente no tempo, temos que ter outra relação com a natureza.

E este debate nos vamos seguir fazendo, entre PSB e Rede.

Como também com a sociedade, para poder apresentar um caminho, uma forma de ver qual a alternativa para o país hoje”.

As declarações foram feitas nesta manhã de terça-feira, ao tomar parte da abertura da 30ª Conferência Mundial de Parques Científicos e Tecnológicos da IASP (International Association of Science Parks) e do 23º Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, na capital pernambucana, nesta terça-feira.

A crítica mais direta e objetiva surgiu quando Campos defendeu a importância do capital privado para impulsionar um crescimento sustentável. “Eu acho que a gente demorou a tomar a iniciativa de chamar a iniciativa privada, seja para as parcerias público privadas, seja para as concessões.

E, neste momento, é importante que a gente veja este desafio da infra-estrutura como desafio importante para aumentar a produtividade da economia como qualidade de vida nas cidades”, declarou.

Ao defender regras claras, nas concessões de obras públicas, Eduardo Campos voltou a fustigar o atual governo federal, em tom de reclamação. “Temos que ter regras claras, que passem confiança, para os investimentos que tem retorno em 25 anos. É fundamental para os agentes econômicos que eles percebam que há um rumo estratégico para 25 anos.

Se eles imaginam que o país está sendo discutido só para a próxima eleição, ele bota os dois pés atrás, antes de colocar recursos (nas PPPs).

Por isto que o debate com a Rede ajuda o Brasil.

Esse olhar estratégico ele ajuda o Brasil e ajuda o governo brasileiro”, destacou. “Fizemos mudanças na legislação fiscal para valorizar o ambiente da inovação nas pequenas, médias e grandes empresas, para que o capital privado possa nos ajudar a alavancar os números de investimento em inovação e desenvolvimento sustentável”, afirmou.

No evento, o governador defendeu que o tema dialoga com a necessidade de levar inovação ao cotidiano das cidades. “É um desafio para o Mundo, mais em particular para o Brasil, que viveu o processo de urbanização nas décadas em que não houve crescimento econômico e nos legou cidades marcadas por desequilíbrios sociais”, afirmou.

O governador apontou, entre os desafios, a melhoria da qualidade de vida nas cidades e o aumento da produtividade da economia do País.

A conferência segue até a quinta-feira (17/10) e terá a presença de quase 1.200 pessoas de 65 países.