Foto: José Cruz/ABr Da Agência Estado Em reunião comandada pela ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), a Executiva Nacional Provisória da Rede Sustentabilidade decidiu neste domingo, 13, que nenhum dos filiados participará das instâncias partidárias do PSB.

Num encontro que durou todo o dia os aliados de Marina anunciaram que consolidarão a criação do partido e que a decisão de não integrar os diretórios estaduais ou a Executiva do PSB ajuda a “manter a identidade da Rede”, deixando claro que se trata apenas de uma coligação “programática”. “Foi um gesto generoso do PSB (de oferecer espaço nas instâncias decisórias da legenda), mas a nossa decisão é importante para caracterizar a coligação”, justificou Bazileu Margarido, da Executiva da Rede.

Com a decisão, os “marineiros” criaram uma “comissão de interlocução” com o PSB, sob a liderança da ex-senadora, que ficará responsável por apresentar à sigla do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, as propostas para o plano de governo e as deliberações sobre as alianças regionais.

Também ficou decidido que não haverá mais filiações de “marineiros” à agremiação de Campos. “Esse processo de filiação (ao PSB) está encerrado”, informou o dirigente da Rede.

No encontro, que teve videoconferência com a militância nos Estados houve aprovação “por aclamação” da aliança com o PSB.

Eles admitem, no entanto, que o processo de convencimento de todos os militantes levará tempo. “Esse momento (de frustração da militância) não está superado.

Vamos dialogar com a militância da Rede”, afirmou Margarido.

Durante a reunião, os “marineiros” anunciaram também que vão retomar o processo de coleta de assinaturas para validação do registro da sigla junto à Justiça Eleitoral.

Pesquisa A ex-senadora evitou o contato com os jornalistas para “não se expor” e comentar o novo levantamento do Datafolha. “Ainda vamos debater isso com a base, mas a pesquisa teve um aspecto positivo que foi o crescimento do Eduardo Campos”, resumiu Margarido.

A pesquisa realizada na sexta-feira, 11, apontou que a presidente Dilma Rousseff venceria no primeiro turno e teria 41% das intenções de voto, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) outros 21% e Campos, 15%.

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