Por Assuero Gomes Médico e escritor Externo minha opinião sobre a negociação que o CFM fez com o Governo Federal em relação à Medida Provisória 621/13, também conhecida como Mais Médicos.
A classe médica sofreu e está sofrendo a maior e mais injuriosa campanha difamatória desde que o Brasil existe como país.
Uma campanha vil para distrair a atenção dos brasileiros sobre a negligência a que foi submetida a saúde pública dessa nação que se deteriora a cada governo que entra. É bom lembrar que milhões e milhões foram gastos (fala-se em algo em torno de 70 milhões) e estão sendo ainda, só com a publicidade em favor do ‘Mais Médicos’ e contra os médicos brasileiros, isso só para uma emissora de televisão!
Como cidadão e como médico, eu pessoalmente, não faria nenhum acordo com esse governo, uma vez que não cumpre quase nada do que promete e se compromete, chegando até tentativas de mudar a constituição para acomodar seus interesses.
Acordo zero, tolerância zero.
No entanto, o CFM, como órgão de classe, vislumbrou algum ganho para a classe médica nas negociações, apesar do desgaste político que sofrerá a curto prazo, numa postura muito diferente do governo.
Manteve a não aceitação do registro dos médicos sem a Validação dos Diplomas, ficando a cargo do Ministério da Saúde, a redução para um ano do pré-requisito da Residência Médica em atenção básica, e a redução para três anos ao invés de seis, para tempo máximo de atuação dos médicos estrangeiros sem registro definitivo.
Eu particularmente não acredito em promessa desse governo.
Ainda a criação da Carreira Médica de Estado para daqui a três anos, financiamento do SUS aumentado para R$ 25 bilhões até 2017.
Tudo para o futuro, onde espero em Deus o PT esteja bem longe de Brasília.
Admiro as pessoas e entidades que têm mais fé que eu.
Conheço de perto a capacidade e a hombridade do presidente e do vice-presidente do CFM e dou meu voto de confiança.
Porém lembro aos colegas de todos os rincões desse país, o VOTO de 2014.
O voto essencial.
O voto definitivo.