Foto: reprodução da internet O deputado federal Fernando Ferro subiu o tom, nesta segunda-feira (14), contra o grupo de cinco tendências do PT que resolveu entregar os cargos que possuiam no Governo do Estado. “Acho muito estranho uma reunião de um grupo entregar os cargos sem discutir pelo partido.
Ou esse pessoal acha que eles é que são o PT, ou estão cometendo um abuso e uma degradação na relação interna do partido”, disse, em entrevista à Rádio Jornal. “Isso tem que ser uma decisão partidária.
Eu acho que isso é meio cínico”, afirmou, sem meias palavras.
Ferro, que há tempos defende a saída do partido da gestão do governador Eduardo Campos estranhou o fato de alguns partidários terem tomado essa decisão agora. “É para, internamente na disputa do PT, querer mostrar uma independência de alguém que estava até o pescoço de cargo no Governo do Estado”, disse.
Segundo o deputado, os 25 cargos que as correntes dizem ter aberto mão não representam indicações partidárias do PT. “Não conheço, não participo, não tenho cargo no governo.
E agora fico sabendo que tem uma romaria de gente que vai perder emprego”, afirmou.
Nesse domingo (13), cinco tendências do PT decidiram entregar os cargos no Governo do Estado para terem mais liberdade de articular o processo eleitoral de 2014.
Dentre os grupos está a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), ligada ao senador Humberto Costa (PT) e ao deputado federal João Paulo (PT).
Elas acreditam que a eventual candidatura do governador Eduardo Campos (PSB) à Presidência da República, contra a reeleição de Dilma Rousseff (PT), se tornou irreversível depois que a ex-senadora Marina Silva entrou no PSB.
Unidade “É uma atitude irresponsável de um grupo que se acha dono do PT.
Não dá para ser desse jeito.
Deviam pelo menos ter a tranquilidade de nos convocar, de nos convidar a fazer esta discussão”, disse ainda.
O PT está divido em dois grupos desde o racha nas eleições de 2012, quando o ex-prefeito João da Costa (PT) foi rifado da disputa a reeleição. “Quando foi para entrar no governo eles entraram como partido.
Agora, quando sai, sai como uma banda”, cobrou o parlamentar.
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