Por Roberval Sobrinho, do Jornal do Commercio Diferentemente do clima de acirramento interno que vem marcando as relações internas do PT desde as eleições de 2012, o que se viu nessa sexta-feira à noite – no primeiro debate entre os quatro candidatos que concorrem à presidência do partido no Estado – foi uma estratégia de união contra o governador Eduardo Campos (PSB) e sua recente aliança com a ex-senadora Marina Silva (Rede).
O debate, realizado à noite em Paulista, região metropolitana, foi organizado pela comissão eleitoral do Processo de Eleição Direta (PED).
A eleição interna ocorre em novembro.
Com exceção da deputada estadual Teresa Leitão, candidata apoiada pelo grupo do ex-prefeito do Recife João da Costa, a qual seguiu uma linha mais comedida em seu discurso, os demais desferiram críticas ácidas ao tratamento que o PT vem recebendo do PSB.
Militantes do partido, inscritos para falar no debate, exigiram a saída imediata dos petistas dos governos socialistas em todo o País.
Bruno Ribeiro, da corrente CNB do senador Humberto Costa, desferiu os ataques mais duros contra os socialistas.
Com a decisão tomada por ele ontem de encaminhar carta ao governador pedindo a sua exoneração, em caráter irrevogável, do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social (CEDES), em nome da“coerência partidária”, o candidato conclamou a militância a unir forças para combater o que chamou de “quartel general antipetista no Estado”. “Essa articulação vem desde 2012 e precisamos dar uma resposta”.
O professor Edmilson Menezes (O Trabalho) criticou a gestão Eduardo dizendo que ele não paga o piso salarial dos professores e que o PT nem deveria ter entrado no seu governo.
Já o candidato Wladimir Quirino lembrou que todas as obras em Pernambuco têm a mão do PT e defendeu que o partido tenha candidatura própria ao governo, “para fazer melhor do que Pernambuco vem fazendo”, em outra estocada contra o governador.