Por Bruna Serra, do Jornal do Commercio A decisão do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), comandado no Estado pelo senador Armando Monteiro Neto, de entregar os cargos que mantém no governo de Pernambuco não surpreendeu o governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB).

Bem humorado com as repercussões do programa do PSB exibido na última quinta-feira (10), o líder socialista teria tratado o tema com tranquilidade.

Nos bastidores, após a visita do senador – que esteve em seu gabinete para oficializar a decisão –, Eduardo, segundo interlocutores, elogiou a postura “sincera” de Armando Monteiro Neto e ponderou que tratava-se de uma decisão “acertada” de quem pretende disputar o governo.

Eduardo tomou decisão semelhante quando retirou o seu PSB da base de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), em meados do mês passado, adotando, inicialmente, uma postura de independência.

Com a adesão da ex-senadora Marina Silva ao PSB, semana passada, subiu o tom e iniciou uma ofensiva de críticas ao governo federal, poupando apenas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

SEM COMENTÁRIOS Durante o evento que marcou a redução de 969 cargos comissionados no Estado, Eduardo evitou comentar a versão de que os petistas – orientados por Lula – estão trabalhando para isolar o PSB nos Estados. “Eu não vi nada aspeado (nas matérias publicadas).

Então não vou tratar como se o presidente Lula tivesse dito qualquer coisa.

Não há o que comentar (sic)”, retrucou ao ser questionado se tinha, finalmente, conseguido falar com o ex-presidente após a filiação de Marina ao PSB.