O PTB entregou, na tarde desta sexta-feira (11), os cargos que tinha no governo de Pernambuco e na prefeitura do Recife.

O presidente da legenda, senador Armando Monteiro, conversou durante uma hora com o governador Eduardo Campos, no Palácio do Governo, e, em seguida, fez o mesmo com o prefeito Geraldo Júlio.

Durante entrevista coletiva na sede do PTB, Armando Monteiro classificou o ato como natural e esperado, já que agora é possível desenhar concretamente a candidatura de Eduardo Campos à presidência da República - após aliança firmada no último sábado (5) com a ex-senadora Marina Silva. “Nós integramos a base de apoio da presidente Dilma e ela é naturalmente candidata à reeleição.

A candidatura do PSB era, até sábado, uma possibilidade, porque o próprio Eduardo Campos admitia seguir por outros caminhos, como o senado, por exemplo.A partir da junção do PSB e Marina Silva não temos mais dúvida de que haverá outra candidatura.

Com duas candidaturas, o PTB tem um alinhamento com a presidente Dilma.

E se há um alinhamento no plano nacional, no plano regional precisamos ter um grau de liberdade porque pretendemos construir em Pernambuco uma candidatura desses partidos que apoiam Dilma.

Queremos montar um palanque no Estado para Dilma.

Portanto, vamos ficar numa posição de maior independência, mas apoiando todos os projetos e iniciativas que forem do interesse de Pernambuco”, justificou.

O PTB ocupava no governo a Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo e a direção geral do Detran e na prefeitura a Secretaria de Saneamento.

O senador ainda afirmou que a decisão de entregar os cargos foi inteiramente do PTB, sem influência do PT. “O PT tem o seu tempo e a sua forma de fazer.

Ele ainda vai promover discussões sobre isso”, disse.

Com a saída da legenda do governo Eduardo Campos, o PTB se coloca cada cada vez mais próximo dos petistas, manifestando interesse no remate dessa costura de alianças.

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