Agora filiada ao PMDB, Kátia Abreu diz que presidente ’tem mais ação’ em relação aos problemas do país Na Folha de São Paulo A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) disse ontem que Marina Silva propaga preconceitos a respeito do setor do agronegócio.
Por essa razão, seria “desastroso” o sucesso dela na eleição de 2014, ao lado de Eduardo Campos (PSB).
Líder ruralista no Congresso e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Kátia Abreu deu entrevista à Folha e ao UOL e disse que torce para que Campos pense de forma diferente. “Ela [MARINA]fez um artigo na Folha dizendo o quanto o setor [do agronegócio] é retrógrado.
Colaborou para que alguns preconceitos fossem construídos com relação ao produtor rural brasileiro como um destruidor do meio ambiente.
E não somos isso.
Produzimos uma das maiores agriculturas do planeta em apenas 27% do território nacional”, diz a senadora, hoje uma interlocutora frequente da presidente Dilma.
Kátia Abreu acaba de entrar no PMDB depois de ter passado dois anos no PSD, partido que ajudou a fundar com o ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab –ambos egressos do DEM.
Neste ano, ela alega que teve sua atuação política inviabilizada no PSD do Tocantins.
Como pretende concorrer em 2014 a mais um mandato como senadora ou disputar a eleição para governadora do Estado, teve de procurar outra sigla.
Sobre sua aproximação com Dilma, afirmou que o primeiro contato se deu em 2009, quando a petista se tratou de um câncer.
Ainda na oposição, Kátia escreveu uma carta desejando pronto restabelecimento da petista.
Em 2010, quando a senadora estava filiada ao DEM, não quis votar em Dilma.
Enganou-se? “Sinceramente, sim”.
No início da gestão Dilma, Kátia Abreu passou a levar diretamente à presidente as demandas do agronegócio.
Em comparação com Lula, diz que “Dilma é uma gestora, ela tem mais ação”: “Nós tivemos a votação do Código Florestal.
Tentamos durante oito anos do governo Lula.
Não foi possível.
Mas no governo da presidente Dilma, nos primeiros dois anos, nós conseguimos votar”.
Em 2014 apoiará a reeleição de Dilma.