A Secretaria da Mulher da PCR participa de audiência pública para discutir exploração sexual e tráfico de mulheres e crianças.

No evento, serão comentadas as ações que estão sendo realizadas, em diversas esferas, para prevenir e combater este tipo de violência e quais os próximos passos para evitar que mulheres e sejam retiradas à força de seus países.

A audiência, convocada pela vereadora Isabela de Roldão (PDT), será nesta quarta-feira (9), às 9h, no Plenarinho da Câmara dos Vereadores do Recife.

Segundo a secretária da mulher, Sílvia Cordeiro, esse tipo de debate joga luz em um problema recorrente do Brasil, país com números preocupante de crianças e mulheres traficadas para prostituição e trabalho escravo no continente americano. “A Secretaria da Mulher do Recife participa do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e desenvolve ações de prevenção e capacitação em gênero para profissionais que lidam com a temática.

Nosso objetivo é contribuir para erradicar a exploração e o tráfico de mulheres e, juntamente com outros organismos, retirar o Recife desta rota criminosa”, comentou Sílvia.

Desde o ano 2000, a comunidade internacional adotou o Protocolo Antitráfico, um documento que busca prevenir, reprimir e punir os traficantes de pessoas, em especial mulheres e crianças.

A data internacional do combate é 23 de setembro cujo dia foi promulgada a lei que pune quem promove ou facilite a prostituição e corrupção de (menores de idade) crianças,adolescentes e protege, sobretudo, as mulheres da exploração sexual e do tráfico.

Participarão ainda da mesa a secretária de Direitos Humanos, Ana Rita Suassuna, a secretária da Juventude, Marília Arraes, o secretário de Segurança Urbana, Murilo Cavalcanti, a delegada da Delegacia da Mulher, Lenise Valentim, a delegada da Gerência de Proteção a Criança e ao adolescente (GPCA), Zanelli Gomes, a representante da Casa de Passagem, Cristina Vasconcelos e a representante do Coletivo Mulher Viva, Adriana Duarte.

Segundo relatórios oficiais, há mais de 2 milhões de vítimas traficadas no mundo.

No Brasil, foram investigadas mais de 500 denúncias desse crime, sendo a maior parte relacionada a exploração sexual e ao trabalho escravo.

A rede de enfrentamento ao tráfico de pessoas, disponibilizada pelo governo brasileiro, inclui núcleos e postos estaduais e municipais, rede consular de apoio no exterior, os serviços Disque 100 e Ligue 180.

As denúncias também podem ser encaminhadas à Polícia Federal.

As pesquisas ainda apontam que as vítimas têm perfil desenhado: geralmente são mulheres negras, pobres e de baixa escolaridade.

Os traficantes iniciam as ações com promessas de emprego em outro país que se adequam de acordo com os anseios das vítimas.