Respeito ao futuro Por Julio Lossio Esta semana o programa do PSB trouxe o Governador Eduardo Campos falando de respeito.
Ao mesmo tempo, li em um jornal de circulação nacional a seguinte frase: “Com a previsão de um alto reajuste do piso nacional dos Professores da Educação Básica, os governadores se uniram para sugerir uma nova fórmula de correção dos salários.”.
Todos nós falamos em priorizar a Educação, mas será que o fazemos?
Vejamos o caso de Pernambuco, por exemplo.
Temos na rede estadual de educação aproximadamente 739.896 alunos matriculados.
Sabemos que uma sala de aula com a média de 30 alunos poderia oferecer um alto padrão de qualidade no ensino.
Se imaginarmos todos os alunos estudando em tempo integral, com um professor para cada 30 alunos, seriam necessários 24.664 professores.
Entre diretores e membros de equipe gestora de escolas com média de 500 alunos, teríamos mais cerca de 7.399, ou seja, Pernambuco deveria ter em sua rede um total de 32.662 professores.
Contudo, segundo os dados que apuramos, temos cerca de 39.200 professores em atividade no Estado (23.000 efetivos e 16.200 contratados).
Ou seja, temos um excedente de pelo menos 6.532 professores cujo custo ultrapassa, na melhor das hipóteses, a cifra de dez milhões e trezentos mil reais.
Mas, fica a pergunta: Onde estão estes professores?
Estão em muitos lugares, cedidos ou desviados de função por toda a máquina estadual.
Estes, normalmente “protegidos da sala de aula” por um padrinho político.
A solução passa pelo respeito sim, mas, sobretudo, passa pela coragem de contrariar cabos eleitorais, vereadores, prefeitos, deputados, amigos, familiares.
Se um governo, como tem feito o atual Governo de Pernambuco, quer ser unânime e com uma oposição diminuta ou quase inexistente, certamente não o fará, como não o tem feito.
Respeitar verdadeiramente o aluno e o professor é estimular a docência.
A sala de aula é o verdadeiro instrumento de transformação.
Aqui em Petrolina criamos a Gratificação de Regência de sala de aula para estimular o Professor a permanecer ou retornar à sala de aula.
Ainda temos muito a fazer em respeito ao futuro e, para isso, faz-se necessário ter a coragem de transformar o presente.