A presidente Dilma Rousseff (PT) usou o Twitter neste domingo (6) para avisar que enviará às Nações Unidas (ONU) uma proposta de marco civil internacional para a Internet assim que o dispositivo brasileiro tiver pronto.
A proposta de um marco civil para a Internet brasileira vem desde 2010, mas em setembro deste ano passou a tramitar com urgência no Congresso Nacional. “A votação do nosso projeto do Marco Civil da Internet deve ocorrer nas próximas semanas”, diz a petista.
Se não for votado até o dia 27 deste mês, o projeto passa a trancar a pauta da Câmara.
Depois da aprovação nesta Casa, ele ainda precisa ir ao Senado.
A presidente chegou no tema do marco civil internacional depois que começou a falar sobre um livro que estava lendo, escrito pelo jornalista James Bamford. “Mostra que vem ocorrendo há mais tempo o que apareceu agora: espionagem a cidadãos brasileiros (inclusive eu)”, escreveu Dilma.
A obra descreveria a os métodos de espionagem da Agência Nacional de Segurança americana (NSA, na sigla em inglês).
Desde a década de 80 Bamford escreveu sobre os bastidores da NSA em cinco livros.
O que foi lido pela petista é o de 2008, “The Shadow Factory: The Ultra-Secret NSA from 9/11 to the Eavesdropping on America”.
Cita a espionagem em cabos submarinos de rede e a terceirização do serviço de inteligência.
A obra conclui que a NSA tem capacidade tecnológica para acessar com qualquer descontrole os dados de quem acessa a rede.
O livro foi um presente.
Twitter Dez dias após retomar a conta no Twitter, parada desde o final das eleições, em 2010, Dilma pareceu dedicar bastante tempo à rede neste domingo.
Escreveu 10 postagens sobre o caso da NSA, duas sobre a vitória do ginasta Arthur Zanetti em provas de argolas, duas sobre o início da venda dos ingressos para a Copa do Mundo de 2014 e um para dar apoio ao repouso médico da colega Cristina Kirchner, presidente da Argentina.
As interações ocorreram em um período de quatro horas.
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