Foto: Edmar Melo/JC Imagem Chefe da maior cidade governada pelo PSDB em Pernambuco, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB) não acha que os tucanos saíram muito favorecidos da aliança firmada entre a ex-senador Marina Silva e o governador Eduardo Campos (PSB) nesse sábado (5).
Para Elias, o PSDB teve a chance de criar o fato político das eleições de 2014 e deixou escapar pelas mãos.
Após ter tido o registro do seu novo partido, a Rede Sustentabilidade, Marina ingressou no PSB, onde deve ser candidata a vice-presidente ao lado do governador pernambucano. “Para Dilma aconteceu o menos ruim.
Ela agora terá apenas dois adversários, e não três, como se configurava antes e caso Marina tivesse optado por outro partido, como o PPS”, avaliou Elias.
Já o PSDB teve a chance de liderar a oposição, mas não o fez devido a “brigas internas, personalismos e falta da prática de debates”, acredita o prefeito.
Ouvido pelo Blog de Jamildo nesse sábado, o marqueteiro Marcelo Teixeira, da Makplan, afirmou que a ida de Marina Silva para o PSB faz de Eduardo a maior liderança da oposição no País.
Leia também: Ao entrar no PSB, Marina defende candidatura de Eduardo Campos à Presidência Com Marina, Eduardo se transformou na maior liderança da oposição, diz marqueteiro pernambucano Para Elias, falta articulação e estratégia de oposição ao PSDB, que só tomaria decisões em cima das circunstâncias.
Nas últimas 24h para assinatura da ficha de filiação partidária para uma candidatura no próximo ano, Eduardo Campos viajou para Brasília para ter uma reunião com Marina que varou a madrugada e garantiu o ingresso dela nas hóstes socialistas.
Distante das articulações, Aécio estava no exterior, fato que foi questionado pelo tucano.
De acordo com o prefeito, o grande fato político das eleições poderia ser uma aliança entre os tucanos e o PSB.
Elias pregava a aproximação do PSDB com Eduardo Campos há um ano, desde que passou o período das eleições municipais.
Próximo dos socialistas (Elias tem um vice do PSB, o ex-vereador Heraldo Selva), ele chegou a defender publicamente a proposta em entrevista a uma das rádios do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. “Compreendia a necessidade de Eduardo Campos fortalecer o palanque e também advertia para a necessidade do seu descolamento do PT.
Estamos assistindo tudo isso acontecer, como previa”, diz.
Nas últimas pesquisas presidenciais, Aécio tem aparecido apenas em terceiro lugar, atrás de Marina Silva e da presidente Dilma Rousseff (PT).
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