Foto: reprodução do Twitter Ao assinar a ficha de filiação ao PSB na tarde deste sábado (5), a ex-ministra e ex-senador Marina Silva defendeu a candidatura presidencial do governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB). “Você tem alguma dúvida em relação a isso?”, respondeu a ex-ministra a uma repórter que perguntou se ela apoiava Eduardo para o Executivo federal em 2014.
As negociações para o ingresso dela na legenda começaram nessa sexta-feira (4), após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de não oficializar a criação da Rede Sustentabilidade, partido que Marina vinha tentando criar há meses.
Neste sábado, se encerra o prazo para se filiar a um partido, caso decida disputar no próximo ano.
Durante o discurso, a ex-ministra fez duras colocações a não criação da Rede e apontou o PSB como um Plano B ao projeto da Rede.
A filiação de membros da Rede ao partido foi apresentada como uma aliança entre as duas legendas, na qual os marineiros só integrariam o PSB formalmente, para driblar a legislação eleitoral. “Somos o primeiro partido clandestino criado em plena democracia”, classificou a ex-ministra.
Leia também: Marina decide se filiar ao PSB para concorrer em 2014 Criamos primeiro partido clandestino da democracia, diz Marina, sobre Rede Perfil de Eduardo Campos no Twitter volta à vida pela filiação de Marina Silva no PSB Tanto Marina quanto Eduardo eram cotados para disputar a Presidência, concorrendo com a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB).
A ex-ministra apareceu nas últimas pesquisas de intensão de voto no segundo lugar, enquanto Eduardo aparece em quarto.
A capacidade de articulação do pernambucano e a falta de legenda dela, porém, favoreceram o acordo no qual Marina pode ser vice de Campos na disputa do próximo ano.
Em público, ambos dizem que o debate sobre chapas ainda não está posto.
Em conversa com o Blog de Jamildo, mais cedo, o marqueteiro Marcelo Teixeira, da Makplan, avaliou que a entrada de Marina no PSB torna o governador Eduardo Campos a maior liderança da oposição no Brasil.
Ele acredita que ambos poderiam ser candidatos, mas diz que Eduardo tem mais desenvoltura em fazer articulações políticas e reunir forças em torno de uma candidatura.
Para os discursos deste sábado, Marina e Eduardo pareceram afinar o discurso.
Ambos criticaram a “velha política”, por exemplo, e exaltaram novas formas de participação popular.
Para a entrada de Marina na sigla pesou tanto o fato de o PSB se colocar como uma terceira via, quanto o apoio que Eduardo sempre deu a formalização da Rede.
Apesar de ser um potencial adversário da ex-petista, Eduardo sempre demonstrou apoio à Rede, inclusive publicando uma carta em favor da legenda.
Leia também: Com Marina, Eduardo se transformou na maior liderança da oposição, diz marqueteiro pernambucano Futuro da Rede em Pernambuco só depois de anúncio nacional.
Militantes podem ir para o PSB Leia nota da aliança entre Rede e PSB O evento deste sábado entusiasmou o governador a tirar a poeira da sua conta oficial do Twitter, que estava parada desde 2010. “Aqueles que queriam nos colocar fora do processo, hoje, estão refazendo suas contas”, afirmou o socialista.
Eduardo não comunicou a adesão de Marina no PSB a ex-presidente Dilma Rousseff, de quem era aliado há menos de um mês.
Campos afirmou apenas que tentou ligar para o ex-presidente Lula (PT), mas não conseguiu ser atendido pelo interlocutor antes do evento desta tarde.