Tendo o vice-governador João Lyra como autoridade principal, uma vez que o governador Eduardo Campos estava em São Paulo, em um evento da revista Exame, o governador de Goiás, Marconi Perillo, aproveitou um evento do grupo Lideranças de Pernambuco (LIDE Pernambuco) para sugerir a ampliação do espaço das Organizações Sociais (OS) na área de saúde como modelo ideal para a melhoria do atendimento à população. “Aqui, vocês só usaram as OS para os novos hospitais.
Em Goiás, entregamos todos os hospitais às OS.
Inclusive os mais velhos.
A revolução é total, barateamos os custos de operação e elevamos a qualidade.
Acabamos com esse tabu.
Substituímos todas as diretorias públicas.
Não ficou nenhum”, disse. “Não é porque é público que não tem que ter qualidade.
Tem que ter cobrança muita para ter a mesma qualidade do privado”, disse, apontando o que seriam as causas dos problemas no atendimento. “Tem que cobrar daqueles que trabalham sem trabalhar, daqueles que tem oito a dez bicos por dia, daqueles que quebram os elevadores para não trabalhar.
Não tenham medo de comprar briga com muita gente, principalmente dos que não querem trabalhar.
Há uma rede contra as mudanças, uma vez que a rede de saúde movimenta de R$ 10 a 12 milhões por mês, não seria diferente.
São promotores amigos, são juízes amigos, são jornalistas amigos destas pessoas, mas não tenham medo.
Não tem conversa.
Agora é uma história de assédio moral.
Perdeu, recorram”, recomendou.
Na avaliação de Perillo, logo logo essa busca de eficiência deve chegar a outros setores, em benefício da população. “Não é hora, ainda, mas vai chegar na educação, tem que chegar até ao IML, tem que se propagar.
Você não paga, então tem o direito de cobrar.
A qualidade tem que ser boa.
Há 30 anos a qualidade da escola pública não era boa?
Tem que acabar esse negócio de greve todo dia.
Metade dos professores estão fora da sala de aula.
Em Goiás, criamos um benefício de 2 mil para quem voltasse para a sala de aula”, informou.
O vice-governador João Lyra não se furtou a comentar a palestra, em público. “Não há outro caminho, a não ser a busca por uma gestão de resultados’, observou. “As manifestações de junho, procedentes, cobravam justamente ações em áreas muito deficientes”, defendeu.