Foto: Eduardo Braga/SEI Do Jornal do Commercio desta terça-feira (1º).

SÃO PAULO - O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse ontem que não se arrepende de ter feito parte da base aliada dos governos petistas na última década, mas que o seu partido teve de entregar os cargos na administração federal para poder “discutir o Brasil com liberdade”. “O nosso partido não se arrepende de ter participado desses dez anos de governo do PT.

Mas se arrependeria se, agora, fizesse de conta que está tudo bem, que não há problemas”, afirmou, no fórum organizado pela revista Exame.

Eduardo defendeu que a questão brasileira é “mais complexa” do que a simples polarização entre PT e PSDB.

A frase foi uma reação à nota do PT da semana passada, segundo a qual a eleição presidencialseria centrada nos dois partidos.

O governador afirmou também que a “política precisa melhorar o Brasil”, com mais gestão. “É preciso pensar o País além da eleição de 2014. É preciso pensar para as próximas décadas.” Leia também: Para Eduardo, avanços dos governos petistas não são o suficiente para o Brasil Eduardo Campos encerra fórum de empresários apresentando propostas para aumentar a produtividade brasileira Tapete puxado O governador do Ceará, Cid Gomes (sem partido), afirmou ontem, que o governador Eduardo Campos - que preside nacionalmente o PSB -, “puxou” seu tapete. “Quando a gente tem um tapete puxado sem esperar, a gente cai e, quando se levanta, tem muitos apoios.

Não cogitava sair do PSB, mas devido à postura de hostilidade com a gente, saímos.

Mas é vida que segue”, arrematou.

Em resposta, Eduardo evitou rebater Cid. “O assunto é página virada, não faremos mais debates sobre isso”, encerrou.

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