Foto: Roberto Pereira/divulgação De passagem pela Paraíba nesse final de semana, o governador Eduardo Campos (PSB) defendeu a aliança da legenda da qual é presidente nacional com o PSDB, partido que a nível nacional gravita no campo de oposição à presidente Dilma Rousseff (PT). “Essa aliança [com os tucanos] representou o início de um novo ciclo na Paraíba e a gente sente que o povo da Paraíba quer que esse ciclo transformador continue”, teria dito o pernambucano, segundo portais de notícias locais.
Na Paraíba, dois senadores tucanos (Cícero Lucena e Cássio Cunha Lima) são ventilados como prováveis candidatos ao governo do Estado.
A ideia, claro, é ajudar a levantar o palanque do também senador Aécio Neves (PSDB) no Nordeste, mas esbarra em um entrave: hoje, os dois fazem parte da base de apoio do governador Ricardo Coutinho (PSB).
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, quando jantaram juntos em Recife no dia 29 de agosto, Campos e Aécio firmaram um acordo eleitoral que incluia uma aliança entre socialistas e tucanos em cinco Estados: Minas Gerais, São Paulo, Piauí, Paraná e Paraíba.
O acordo no Estado vizinho, porém, pode depender da capacidade de Cássio Cunha Lima sair candidato e disputar nas urnas contra Coutinho.
Em 2008, Cássio foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por supostamente ter distribuído cheques a eleitores durante a eleição dele para o govero paraíbano em 2006.
Em 2010, ele chegou a ter o registro de candidatura rejeitado pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa, mas conseguiu assumir o mandato no Senado após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a legislação não se aplicava a casos retroativos.
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