Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados Da Agência Estado Um embate entre PT e PMDB na Câmara dos Deputados deve enterrar a minirreforma eleitoral aprovada pelo Senado na semana passada.
O texto permite a doação de empresas ligadas a concessionárias de serviços públicos a candidatos e também impõe limite à militância paga.
Os petistas querem uma reforma política mais ampla, inclusive com a realização de um plebiscito sobre o tema, ideia defendida pela presidente Dilma Rousseff após as manifestações de junho.
Já os peemedebistas defendem a ideia central do texto aprovado no Senado sob o argumento de que ele poderá equilibrar o poder econômico nas eleições de 2014. “Querem manter a campanha cara.
Eles têm a máquina e não precisam gastar tanto”, afirmou o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).
O presidente da Casa, Henrique Alves (PMDB-RN), se mostra pessimista quanto à aprovação da minirreforma.
Ontem (26) ele disse que a única chance da proposta passar é se ela for à votação na próxima terça-feira e seguir na quarta-feira para o crivo final do Senado - o projeto tem de voltar aos senadores caso haja qualquer alteração no texto. “Não dá para votar mais.
A minirreforma morreu”, disse o coordenador do Grupo de Trabalho da Reforma Política, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que apesar de petista, está do lado do PMDB no apoio à aprovação da minirreforma eleitoral.