Foto: U.

Dettmar/STF Levantamento do Congresso em Foco diz que nunca houve tantos congressistas sob a mira da Justiça.

Quatro em cada dez parlamentares estão pendurados no Supremo Tribunal Federal (STF).

São 542 inquéritos e ações penais movidas contra 224 deputados e senadores, o maior número desde que a entidade começou a fazer as pesquisas, em 2004.

Sete Pernambucanos estão na lista: o senador Armando Monteiro (PTB) e os deputados federais Bruno Araújo (PSDB), João Paulo (PT), José Augusto Maia (PTB), Luciana Santos (PCdoB), Mendonça Filho (DEM) e Vilalba (PRB).

Os números apurados pelo Congresso em Foco são 17% maiores que o que foi apresentado no levantamento de 2012.

Na época, 191 parlamentares estavam sob investigação do Supremo.

A Corte é o foro competente para julgar crimes cometidos por essas autoridades.

Dentre os partidos, o que mais responde a processos é o PMDB, com 54 congressistas.

A lista de crimes envolve homicídio, corrupção e envolvimento com narcotráfico.

A maior parte dos processos e inquéritos contra pernambucanos se dá por crimes eleitorais. É assim com o senador Armando Monteiro e com os deputados José Augusto Maia, Mendonça Filho e Vilalba.

Por crime contra a Lei de Licitações, respondem João Paulo, Augusto Maia e Luciana Santos.

Os ex-prefeitos João Paulo e Luciana respondem também por improbidade administrativa.

Caso atípico, Bruno Araújo tem dois inquéritos por quebra de sigilo telefônico e investigação penal.

Dos sete parlamentares pernambucanos, três responderam ao Congresso em Foco com explicações sobre os processos ou inquéritos: Armando Monteiro, Luciana Santos e Mendonça Filho.

Segundo a equipe do senador Armando Monteiro ele é apenas citado em uma investigação sobre o repasse de emendas parlamentares para a Associação da Indústria, Comércio e Agroindústria de Garanhuns e Agreste Meridional (Aciagam), entre 2005 e 2008, e que os convênios firmados estariam listados como regulares no Ministério do Turismo.

O inquérito associaria as emendas ao apoio eleitoral dado por um correligionário a uma campanha do senador.

A assessoria da deputada Luciana Santos informou que o inquérito trata-se de um pedido de investigação formulado pelo Ministério Público Federal (MPF) para verificar a correta aplicação de verbas repassadas pelo Ministério da Educação para o município.

O convênio exigia que o dinheiro fosse empregado em “gêneros alimentícios” e ele foi usado para comprar botijões de água e gás para as escolas públicas.

O emprego da verba nesses produtos é questionado.

Já no caso do deputado Mendonça Filho, o inquérito o investigaria por uma suposta carreata no dia das eleições de 2010.

Em nota enviada pelo parlamentar para a entidade, ele diz que apenas circulou pela cidade junto a família e um grupo de cinco assessores em três veículos.

De acordo com Mendonça, não houve uso de aparelhos de som ou distribuição de material de campanha.

Em contato com o Blog, o deputado Bruno Araújo explicou que os procedimentos de investigação que o envolviam já foram extintos pelo ministro do Supremo Marco Aurélio de Mello, no dia 16 deste mês.

A extinção e arquivamento dos questionamentos foram pedidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).