Foto: José Cruz/ABr Por Leonardo Heffer Do NE10/Ceará O governador do Ceará, Cid Gomes, terminou a reunião com integrantes do PSB Ceará na noite desta terça-feira (24) ainda sem a oficialização da desfiliação do Partido Socilalista Brasileiro (PSB), mas não descartou a possibilidade de seguir para outra legenda caso não possa apoiar a presidente Dilma Roussef.

A decisão irá depender apenas da não retaliação por parte do PSB ou de Eduardo Campos, presidente nacional da legenda, caso Cid Gomes e mais um grupo de deputados estaduais e federais desejem sair do partido. “Uma das questões que se deseja colocar lá [na reunião da executiva do PSB] é isso.

Seria um pronunciamento da executiva nacional de que não haveria retaliação caso a decisão seja sair”, disse Cid Gomes.

Para o governador do Ceará, abrir mão das alianças com PT ou PMDB, aliados tradicionais do PSB no Ceará, não seria o ideal. “Temos questões nacionais, temos questões regionais que pesam muito para que possamos abrir mão agora de uma aliança com o PT, com o PMDB, aliados tradicionais, e de aliança com a presidente Dilma também.

Essas questões, abstraindo qualquer questão nacional, são fatores muito forte para que a gente, no Ceará, tome uma posição”, afirmou.

Ainda segundo ele, o tom no momento é amistoso, não há inimizades e Cid Gomes tem Eduardo Campos com um dos políticos mais respeitados da atualidade.

Mas o governador disse ser hostilizado por um pequeno grupo dentro do partido.

A isso ele atribuiu ao convite que Luizianne Lins, ex-prefeita de Fortaleza, do PT, recebeu para se filiar ao PSB e concorrer a candidata ao Governo do Ceará em 2014, fato que Lins confessou estar cogitando.

Nesta quarta-feira (25), haverá uma reunião da executiva nacional, em Brasília, onde serão colocados alguns pontos importantes para a definição da saída de Cid Gomes.

Após essa reunião, o PSB do Ceará se reúne na quinta para tomar a decisão de sair ou não do partido. “Nós não queremos sair, nós não desejamos sair, nunca desejamos sair, mas estamos nos sentindo hostilizados por setores do partido.

Então, francamente, o que é que o partido deseja?

Que a gente saia?

Sair é esse o desejo?

Vamos fazer isso em paz.

Vamos fazer isso de forma civilizada”, disse Cid Gomes.