Só no mês de agosto, 18 mil pessoas entraram na lista de desempregados na Região Metropolitana do Recife (RMR).
Com o ascréscimo, a taxa de desemprego do Grande Recife passou de 13,4% para 14,2%.
O número é o mais alto dos últimos 20 meses.
Os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego foram anunciados nesta quarta-feira (25).
O levantamento é realizado pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
O aumento no índice de desemprego é resultado da alta procura de empregos pela população em idade laboral.
O entusiasmo com o mercado de trabalho não vem sendo acompanhado pela geração de emprego.
Aproximadamente 19 mil pessoas deixaram a inatividade e passaram a procurar empregos no último mês.
Outras três mil entraram no que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) classifica como Idade Ativa; a partir dos dez anos, quando o indíviduo está capacitado para assumir funções de trabalho.
O incremento de 22 mil pessoas na população economicamente ativa não foi seguido pela geração de postos de trabalho.
Apenas quatro mil novas ocupações surgiram, resultando no défict atual.
O nível de novas ocupações foi classificado como “praticamente estável” pela Pesquisa, crescendo apenas 0,2%.
O desempenho mais fraco do mercado é resultado da desaceleração econômica que o Estado tem passado.
No primeiro semestre, o Produto Interno Bruto (PIB) pernambucano cresceu 2,9%.
O índice de desemprego na RMR apresentava uma tendência decrescente desde 2009, mas acabou sofrendo um revés neste ano.
Ao longo de 2013, todos os meses apresentaram índices maiores do que no ano anterior.
Em agosto de 2012, por exemplo, a taxa de desemprego era de 12,3%.
Hoje, existem 45 mil pessoas desempregadas a mais que em agosto de 2012.
Brasil Das sete regiões metropolitanas pesquisadas pelo Dieese, apenas em Salvador a taxa de desemprego é maior que na do Recife.
Em todas as demais, a taxa caiu ou se manteve praticamente estável.
Na capital baiana o índice está em 18,2%, mas vem de uma tendência de queda: era 18,7% em julho e 18,8% em agosto de 2012.
No País, o número de pessoas que passou a procurar emprego, em relação ao mês anterior, foi de apenas 15 mil.
Nas sete regiões, foram gerados 83 mil novos postos de trabalho, o que resultou numa queda na taxa de desemprego.
O índice passou de 10,9% em julho para os 10,6% atuais.
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