Orlando Brito/Divulgação Por Jamildo Melo, de Alagoas O primeiro dos quatro encontros regionais do PSDB pelo País para a construção de nova agenda para o Brasil em 2014, realizado nesta manhã em Maceió, no Estado de Alagoas, transcorreu em claro clima de campanha eleitoral e comícios inflamados.

Em quatro horas de encontro, os tucanos desfecharam numerosas críticas a presidente Dilma e sua gestão, sempre associando os governos do PT com ineficiência, falta de ética e demagogia.

O auditório do Centro Cultura e de Convenções Ruth Cardoso, no bairro de Jaguará, com capacidade para 500 pessoas, estava lotado, com caravanas de prefeitos e deputados da região ligados à sigla.

Na chegada e na saída do evento, o senador mineiro Aécio Neves causou tumulto com várias militantes assediando-o por fotos e abraços.

Esbaforido, atendeu a todas e posou para fotos.

O ex-governador José Serra não apareceu no encontro, nem o seu nome foi citado em nenhum dos discursos.

Apesar de anunciar que os encontros regionais do partido servem para debater os problemas enfrentados nos municípios e estados e formular propostas para a construção de uma agenda a ser apresentada aos brasileiros nas eleições estaduais e nacionais ano que vem, o evento foi mais recheado de críticas do que propostas concretas. “O Brasil virou hoje um grande canteiro de obras inacabadas e não se justifica essas obras com sobrepreços e sem que sejam concluídas.

O PSDB tem a obrigação de restabelecer a credibilidade do Brasil, conduzir a economia com segurança, para que os pilares fundamentais construídos no governo do presidente Fernando Henrique, como a estabilidade econômica, não sejam colocados em risco.

Inicio com muita alegria esta caminhada pelo Nordeste e homenageando o único estado do Nordeste governado pelo PSDB”, discursou.

O senador esteve acompanhado do governador de Alagoas, Teotônio Vilela, do prefeito de Maceió, Rui Palmeira, e do presidente do ITV, deputado federal Sérgio Guerra, além de senadores, deputados e lideranças tucanas.

Veja alguns pontos Proaganda oficial “Temos uma responsabilidade enorme com o Brasil.

Queremos que o Brasil dê um salto de qualidade.

Por mais bilionária que seja, a propaganda oficial não vai mascarar a realidade” “É obrigação do PSDB ter um projeto novo de Brasil.

Um projeto que passe pela refundação da Federação, com o resgate dos municípios e dos estados, por uma generosidade maior do governo federal no financiamento da saúde, da segurança, pela eficiência na busca dos investimentos para a região.

Temos uma responsabilidade enorme com o Brasil.

Queremos que o Brasil dê um salto de qualidade.

Não podemos aceitar que o Brasil cresça na América do Sul apenas mais que a Venezuela, como vai ocorrer esse ano.

Ano passado, crescemos mais apenas que o Paraguai.

Não é justo com os brasileiros.

Nenhuma propaganda, por mais maciça, por mais bilionária que seja, como a propaganda oficial, vai mascarar a realidade”, afirmou.

Grandes obras “O Brasil precisa de um governo eficiente para resgatar a credibilidade do país.

A população tem que conviver com o atraso e desperdício de recursos públicos em obras como a Transnordestina, a transposição do Rio São Francisco, a Refinaria Abreu e Lima e a Fiol, todas na região Nordeste. “A Ferrovia de integração Oeste Leste (Fiol) sem um palmo de trilho colocado.

A Transnordestina, programada para estar pronta há dois anos, dos 1.700 Km não tem 300 Km prontos.

A Transposição do São Francisco é de doer o coração.

Obras há três anos abandonadas.

Isso não é normal.

Obras custando duas ou três vezes o orçamento inicial e não concluídas.

Isso é maior desperdício de dinheiro público que se pode ter.

Ninguém vai me convencer que é normal uma obra como a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, ser orçada em R$ 4 bilhões, já ter gasto R$ 30 bilhões e nã ;o estar pronta.

Isso é assalto aos cofres públicos.

O Brasil precisa de governo eficiente para que não percamos definitivamente a nossa credibilidade”, disse Aécio Neves.

Jovens “Os jovens dessa região precisam ter oportunidades, precisam ser qualificados para entrar no mercado de trabalho de forma competitiva.

Não é justo que o governador Teotônio Vilela tenha que assinar um cheque de R$ 50 milhões todo mês e repassar à União, porque a União não quer renegociar a dívida dos estados.

Esse dinheiro tinha que ficar aqui para investimentos em saúde, saneamento, educação, em qualificação dos jovens.

O governo do PT, a grande verdade é essa, vem fazendo muito mal ao país”.

Programas de transferência de renda no Nordeste.

As medidas de transferência de renda, que foram iniciadas pelo PSDB lá atrás, inclusive aqui em Alagoas, com o lançamento do Bolsa Alimentação, em 2001, aqui iniciou-se o processo que culminou com o Bolsa Família, então ele está no DNA do PSDB.

A única – e as pessoas tem um pouco de receio de tocar nesse ponto –, vou dizer para vocês de forma muito clara, a grande diferença entre o PSDB e o PT em relação aos programas de transferência de renda é que, para nós, o Bolsa Família é o ponto de partida, extremamente necessário.

Para o PT é o ponto de chegada.

Queremos muito mais do que isso.

Queremos medidas estruturantes, os grades eixos de desenvolvimento dessa região, está aí a, Fiol – Ferrovia de integração Oeste Leste, sem um palmo de trilho colocado, a Transnordestina, programada para já estar pronta há dois anos, dos 1.700 quilômetros não tem 300 quilômetros prontos.

A Transposição do São Francisco, estive há duas semanas atrás com o governador Tasso Jereissati (CE) em Mauriti visitando trecho de obra, é de doer o coração.

Obras há três anos abandonadas, com o dinheiro público, lá, jogado e largado.

Isso não é normal.

Obras orçadas por x já custando hoje duas ou três vezes aque le orçamento inicial e não concluídas.

Isso é desperdício, o maior desperdício de dinheiro público que se pode ter.

O PSDB onde governa e aqui em Alagoas e Maceió são exemplos claros disso governa com planejamento, responsabilidade.

Ninguém vai me convencer que é normal, por exemplo, uma obra como a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, ser orçada em R$ 4 bilhões, já ter gasto R$ 4 bilhões e não estar pronta.

Isso não é normal.

Isso é assalto aos cofres públicos.

O Brasil precisa de governo eficiente para que não percamos definitivamente a nossa credibilidade.

Hoje, a credibilidade do Brasil junto a agentes financeiros, junto a investidores, está fortemente abalada.

Ciclos Então acho que é hora para o bem do Brasil de uma mudança de ciclo e o PSDB iniciará essa discussão aqui pelo Nordeste.

Até porque, a meu ver, o último grande presidente que tratou de medidas estruturantes para o Nordeste para muito orgulho meu foi um conterrâneo, um mineiro chamado Juscelino Kubitscheck, quando criou a Sudene.