Roberto Pereira “A eleição de Pernambuco tem um dado a ser esclarecido que depende da decisão de Eduardo Campos de ser ou não candidato a presidente da República.

Em ele sendo é um cenário, em não sendo é outro.

Nós do PSDB temos muita clareza sobre nosso caminho.

Num primeiro momento, entendemos que somos um partido que vem crescendo progressivamente mas é preciso que cresça mais em representações federal e estadual sem incorporar gente que vai e volta.

No segundo momento é que vamos cuidar da eleição majoritária.

Não temos que nos meter nessa eleição agora porque o PTB, que está no governo estadual, não sabe se terá candidato (ao governo), o PMDB que agora está no governo fala em ter candidatura própria, o PT pode ou não apoiar o PSB, o DEM não tomou caminho.

O caminho melhor para o PSDB é primeiro fortalecer nossas chapas para fazer boas bancadas e depois eleger um palanque seguro e decente para Aécio Neves.

No mais, conversamos com Eduardo Campos, temos amizade com ele, a candidatura dele ajuda a Democracia, porque quanto mais candidatos, mais posições o povo terá para avaliar.

E o PSB é um partido forte.

Eu mesmo já fui dele por muitos anos.

Então é um partido que tem direito e legitimidade para disputar a Presidência”.

MÚLTIPLAS ESCOLHAS “Os jornais (locais) publicaram recentemente que o PSDB estava cobrando de Eduardo Campos que ele assumisse uma posição de governo ou de oposição.

Não cobramos nada de Eduardo.

Eu pessoalmente defendo a candidatura de Eduardo (à Presidência) para que as eleições sejam mais abertas, para que várias tendências disputem o voto do brasileiro, para que haja várias alternativas porque isso é bom para a Democracia.

Só não é bom para a ditadura do PT: a ‘do eu sou a favor e o outro é contra’.

Isso está errado.

Por exemplo: Marina (Silva) tem de falar.

Pessoalmente acho que quando isso ocorrer ela cai (nas pesquisas).

A popularidade dela se sustenta muito mais no silêncio do que propriamente no que ela fala.

Mas é fundamental que ela fale se tiver boas ideias para o Brasil.

Não se pode deixar de fora das eleições alguém que teve 20 milhões de votos dos brasileiros.

Mas tenho sinceras dúvidas se essa Rede (partido que Marina pretende criar) se viabilizará.

Torço que para ela consiga porque o importante é que a gente salve as eleições para que elas não passem a impressão de que nada vai mudar e o Brasil se atrapalhe mais ainda”.