Por Aldo Amaral, presidente da Força Sindical de Pernambuco e membro do Partido Republicano Brasileiro (PRB) O Brasil há 20 anos passar por intenso processo de transformação.

Neste caminhar, a população brasileira vivenciou o decréscimo da taxa de inflação.

Tal decréscimo beneficiou o povo brasileiro, pois este adquiriu condições de consumir e a desigualdade social arrefeceu.

Reconheço, entretanto, que não devemos avaliar o bem-estar da população considerando apenas o seu poder de consumo.

As pessoas precisam que os seus direitos sejam garantidos.

Os direitos das pessoas estão inseridos nos âmbitos sociais e econômicos.

Os direitos sociais complementam os econômicos.

Neste caso, não basta apenas que as pessoas adquiram a capacidade de consumo. É necessário também que as pessoas tenham saúde, educação e segurança pública de qualidade. É vital que os direitos trabalhistas sejam protegidos.

E que o direito à mobilidade, neste caso, o direito ao transporte público de qualidade seja garantido.

Reconheço avanços sociais no Brasil, dentre os quais a redução da desigualdade social e o aumento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Assim como também reconheço avanços econômicos, como por exemplo, controle da inflação, Lei de Responsabilidade Fiscal e qualificação da gestão estatal.

Entretanto, tenho ciência dos enormes desafios que o Brasil precisa superar.

A superação destes melhorará o bem-estar social da população brasileira.

No século XXI, o estado brasileiro não pode desprezar a qualificação e a oferta radical dos serviços públicos de saúde, educação e segurança pública.

Os trabalhadores do Brasil precisam ter a tranquilidade de que os seus filhos ao precisarem de um médico o terão.

Eles precisam ter certeza de que se os seus filhos podem frequentar escolas públicas de qualidade.

E os brasileiros precisam adquirir o sentimento de segurança.

A qualificação do atendimento de saúde não se restringe apenas a oferta de médicos.

Mas como o estado pode ofertar saúde sem médicos?

Portanto, urge o estado brasileiro garantir médicos.

Mas também qualificar a oferta dos serviços de saúde.

A educação pública, em especial a educação básica e técnica, não deve ser em nenhum momento desprezada, pois através dela será possível que mais e mais pessoas aproveitem a oportunidade que venha a surgir no mercado de trabalho.

A agenda pública do século XXI é caracterizada pelas demandas antigas da população – saúde, educação e segurança.

Porém, a mobilidade é a nova demanda.

Trabalhadores precisam de transporte público de qualidade para ir e voltarem do trabalho.

Não é admissível que trabalhadores, em razão da ausência de transporte público de qualidade e planejamento das cidades para garantir a mobilidade, tenham que sair de casa três horas antes do início do seu trabalho.

A ausência de mobilidade e de transporte público de qualidade afeta a saúde das pessoas.

E também interfere no desenvolvimento econômico do país.

O “Custo Brasil”, termo tão propalado e tradicional nos discursos econômicos, está associado à ausência de mobilidade.

Em razão do “Custo Brasil”, a economia gera menos empregos, o poder público arrecada menos e investimentos em áreas vitais, comoem saúde e mobilidade não são ampliados.

Os desafios do Brasil e de Pernambuco requerem dedicação, trabalho, inovação e diálogo das lideranças políticas brasileiras.

Como presidente da Força Sindical em Pernambuco tenho trabalhado com dedicação para apresentar costumeiramente ideias inovadoras que contribuam para o enfretamento dos desafios apontados. À frente da Força Sindical tenho utilizado o diálogo para contribuir para o desenvolvimento de Pernambuco e do Brasil.

Neste momento inicio nova etapa em minha vida.

Filio-me ao Partido Republicano Brasileiro (PRB).

Através do PRB procurarei fortalecer as minhas ações em prol do Brasil e de Pernambuco.

Junto com trabalhadores, sindicatos e movimentos sociais trabalharei para consolidar o PRB no estado como pólo de ideias, debates e ações.

Como já dito: o Brasil se transformou nestes últimos 20 anos.

Mas as transformações positivas também nos revelaram desafios.

A população, como bem mostrou as benéficas manifestações de junho deste ano, deseja ação da classe política, dos sindicatos, das instituições de modo geral.

Portanto, como presidente da Força Sindical e membro do PRB não me furtarei em agir.

Acredito em um país melhor.

Por isto luto a cada dia.