O presidente da Jucepe, Lula Cabral, rebateu, na rádio JC News, com muita diplomacia, a critica feita no dia anterior, na mesma rádio, feita pelo desembargador Fábio André de Farias, do TRT6, contra a facilidade com que se abre empresas no país.
Ao falar sobre a atuação judicial, o magistrado reclamou que, muitas vezes, depara-se com laranjas e não com empresários, que deveriam estar respondendo por seus atos perante a Justiça do Trabalho. “Não se pode dizer se é laranja ou não.
Há muitos casos, de falsificação de assinaturas.
Os vogais em plenário nos ajudam a eliminar boa parte deles.
Nós fazemos a nossa parte, mas se o candidato a abrir uma empresa cumprir as exigências e pagar a taxa, a empresa é aberta.
Cabe à Justiça dizer se é laranja ou não é laranja”, afirmou Lula Cabral.
O presidente da Federação das Micro e Pequenas Empresas, José Tarcício, também saiu em defesa da casa.
Ele trabalha como vogal na Jucepe. “Há o honesto e o desonesto.
Não se pode generalizar.
Agora, hoje em dia a vida de um laranja é muito curta.
A Fazenda pega rápido.
O final é triste.
Não serão perdoados” “Quando a gente descobre, manda para a polícia”, disse Lula Cabral. “O problema é que muitas vezes as pessoas descobrem que são “empresários” quando chegam as cobranças do Serasa ou ao tentar crédito em bancos”.
No ar, Lula Cabral revelou ainda que as empresas do pólo da sulanca estão buscando a formalização.
Ele informou que já fez a regularização de 784 micro e pequenas empresas, em Toritama, Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru.
No programa, o presidente da Federação das Micro e Pequenas Empresas reclamou do mecanismo de substituição tributária.
Ele contou que há um movimento nacional para tentar derrubar o sistema, em que os estados buscam a antecipação do pagamento de impostos, tentando evitar sonegação.