Você sabe que é inteligente, mas e a sua inteligência emocional?

Por Lee Ellis Comerciais na televisão hoje em dia falam sem parar de tratamentos para baixos níveis de propriedades corporais (ex: baixo nível de vitaminas), mas os mesmos comerciais falam muito pouco sobre baixos níveis de inteligência emocional (QE – Quociente Emocional).

Alguns sintomas disso são os seguintes: Você sabe que é brilhante, mas mesmo assim reage com impaciência e raiva quando alguma pessoa não te compreende.

Ou então você percebe que os outros parecem não entender seu humor e suas piadas ou até mesmo não parecem interessados em ouvir seus grandes casos.

Talvez o feedback que você deu a um colega de equipe não foi interpretado da maneira que você esperava.

Se você, que é um líder no trabalho, em casa ou em sua comunidade tem algum desses sintomas, pode estar sofrendo de baixa inteligência emocional.

Para a maioria das pessoas, baixa inteligência emocional (QE) limita as possibilidades de carreira e influência mais que um baixo quociente de inteligência (QI).

Quais os indicadores de boa inteligência emocional?

O grande indicador é ter ciência de suas emoções e responder a cada uma adequadamente – às suas próprias e às dos outros.

De muitas formas, um bom nível de inteligência emocional é similar a atos de cortesia que eram comumente enfatizados em gerações anteriores.

Um exemplo disso é o hábito de se contar até 10 quando se sente raiva.

Sabemos que a parte emocional de nossos cérebros (a amígdala) reage quatro vezes mais rápido que a parte cognitiva no córtex pré-frontal.

De forma mais simples, aprender a desacelerar nossa resposta a situações envolvendo emoções pode nos manter longe de problemas.

A amígdala é parte do sistema límbico e é a fonte de nossa resposta natural para fugir ou lutar em uma situação.

Para muitos que treinam regularmente para combates (militares, policiais ou atletas) explorar essa fonte de alta energia para responder a uma crise ajuda a se ter alta performance.

Mas fora do trabalho, o mesmo tipo de resposta pode ser problemático, por isso existe a expressão da língua inglesa “Seqüestro da Amígdala”.

De forma geral, todos fazem uso adequado e inadequado desse instinto natural para fugir ou lutar ou ainda dominar ou se retirar.

A chave então para a boa inteligência emocional é a consciência.

Até que se tenha consciência de suas emoções e se possa prever aonde elas irão nos levar, não sabemos como administrá-las e uma boa administração das emoções realmente é um grande objetivo para qualquer pessoa.

Além disso, ter consciência das emoções dos outros nos ajuda a administrar nossa resposta para facilitar interações mais eficientes.

Sugiro seguir os quatro passos da inteligência emocional para entender a lição rapidamente: Passo 1: Conheça suas próprias emoções Ter consciência geralmente requer prática e experiência.

Pense no caso fictício de uma reunião em que um colega seu diz algo que você tem certeza que está errado.

Você pensa “Como alguém pode ser tão tapado?” e seu primeiro instinto é chamá-lo para fora da reunião e dizer o quão errado ele /ela está.

Mas você já passou por essa situação anteriormente e sabe que isso só vai servir para constranger seu colega e fazer as pessoas terem uma má impressão de você.

Além disso, talvez você nem saiba quais são os fatos que estão por trás da opinião de seu colega.

Felizmente, você percebe que está nervoso e pelas experiências anteriores aprendeu a se policiar para maneirar em sua reação.

Você desacelera sua raiva e aciona a parte cognitiva de seu cérebro para bolar um plano B.

Passo 2: Administre suas emoções Para dar uma reação à frase de seu colega, você se lembra que pensa rápido e agora sua mente está buscando opções para reagir no melhor modo possível.

Seu objetivo é responde com honra e respeito, pois esses são alguns de seus valores pessoais.

Você também se lembra que seu colega é uma pessoa brilhante.

Ademais, você ouviu de eu coach de liderança que escutar as pessoas é uma tremenda ferramenta.

Uma opção que você ouviu do coach foi a dizer algo como “Nossa, eu não havia pensado no assunto dessa forma antes.

Você pode explicar como isso funcionaria?” É claro que seu tom de voz e sua linguagem corporal são muito importantes para dizer isso da maneira apropriada já que esses dois fatores são dois dos mais fortes de seus comunicadores.

Uma vez que seu colega explica a idéia que teve, são grandes as chances de você perceber que ele não sugeriu uma idéia sem sentido e sim está pensando através de outra perspectiva.

Pelo sim ou pelo não, você terá administrado suas emoções e mantido o decoro.

Passo 3: Saiba reconhecer as emoções dos outros Após a reunião, você encontra um segundo colega, que coincidentemente é um de seus pares, que aparenta estar desanimado e sobrecarregado.

Você depende dele para entregar as informações que necessita para a próxima etapa de seu projeto e o prazo é amanhã.

Imediatamente você fica com medo de perder o prazo.

Desde que você vem trabalhando para aumentar sua inteligência emocional, você não se abala por seu medo e aquilo pelo que seu colega está passando e percebe que seus níveis de energia e confiança estão baixos.

Não é necessário ser um gênio da inteligência emocional para perceber que pressioná-la pelo prazo não é uma boa idéia.

Pensando nisso, o que você pode fazer?

Passo 4: Responda as emoções dos outros de forma apropriada e eficiente Como você é uma pessoa que não age motivada pelo medo, você se concentra em motivar seu colega.

O trabalho que ele faz tem qualidade e tudo que ele precisa agora é de um trato para levantar a auto-estima.

Você se decide por mostrar a ele empatia e encorajamento ao dizer que entende que ele passar por um momento difícil e pergunta se há algum modo em que você e sua equipe podem ajudar.

Você também se voluntaria para ouvir os problemas de seu colega e o ajuda a pensar em possíveis soluções (Essa é uma das coisas que mais funcionam bem para uma pessoa extrovertida, pois esse tipo de pessoa precisa de falar para pensar eficientemente).

Por fim você o lembra que ele é um grande membro do time e de que você tem confiança em seu julgamento.

Ter grande quociente de inteligência emocional pode soar pejorativo, mas na verdade isso é uma ferramenta muito poderosa pois leva nosso comportamento ao modo mais eficiente possível.

Isso começa com a consciência – não podemos administrar o que não conhecemos – e em seguida passa para a fase de administrar suas emoções e nossas respostas aos outros.

Nos termos mais simples,ter boa inteligência emocional é saber ler uma situação e se inserir na mesma da forma mais eficiente possível.

Isso melhora com a prática e faz de você o tipo de líder que as pessoas almejam seguir.

Tente e veja por si próprio.

Lee Ellis é autor do livro “Leading with Honor: Leadership Lessons from the Hanoi Hilton”, obra na qual ele apresenta sua experiência como um prisioneiro de guerra no Vietnã e destaca lições de liderança aprendidas no cativeiro.

Como presidente da Leadership Freedom, empresa prestadora de serviços em coaching e consultoria de liderança e formação de equipes, Lee dá consultoria a executivos listados pela Fortune 500 nas áreas de contratação, formação de equipes, desenvolvimento executivo e planejamento de sucessão.

Lee estará no Recife, dia 26, numa palestra exclusiva para executivos convidados pela Desein Executive Search, no auditorio da JCPM.