O vereador e primeiro secretário da Câmara Municipal do Recife Augusto Carreras garantiu, em debate na Rádio JC News, nesta terça-feira, que a Câmara dos Deputados não vai atropelar a discussão sobre o voto aberto no Recife, como se poderia imaginar. “Não acho que se corra o risco de sermos atropelados.
Temos discutido a questão e também vamos ter autonomia para decidir”, afirmou, citando que o problema é a divisão na Câmara Municipal do Recife.
Vereadores do Recife são passados para trás.
Câmara de Palmares aprova voto aberto Declaração de Jayme Asfora em favor do voto aberto gera mal-estar na Câmara do Recife Na Câmara do Recife, Comissão de Justiça aprova projeto que prevê voto aberto para vetos e eleição da mesa Rádio JC News: Oposição é contra voto aberto na Câmara Municipal do Recife.
Governista defende aprovação Carreras disse que não há, na casa, nenhuma orientação do prefeito Geraldo Júlio para voltar assim ou assado.
Na véspera, Geraldo Júlio limitou-se a dizer que caberia apenas a Câmara Municipal decidir a questão.
A vereadora Priscila Krause, do Democratas, reclamou da elevação do tom do debate, especialmente na segunda-feira, quando era discutida a liberação do voto para cassação de vereadores. “O debate estava contaminado.
Se perdeu o tom e então foi preciso dar um freio de arrumação”, comentou, sem citar o nome do colega Jayme Asfora, do PMDB.
Na sessão de segunda, a vereadora reclamou que, em debate na JC News, Asfora disse que, quem era contra o voto aberto (geral e irrestrito), apoiava Donadon, o deputado preso e mantido no cargo pela Câmara dos Deputados.
A fala gerou revolta na segunda. “Antes mesmo de Donandon ter o mandato garantido pela Câmara dos Deputados, a Câmara do Recife já estava já estava discutindo o voto aberto ou secreto.
O tema foi aprovado de forma unânime (não apenas pela oposição, frisou).
O tema foi tratado de forma fatiada, por ser polêmico.
Primeiro passou a ser discutido o voto aberto para cassação de mandatos, que não gera polêmica.
Outro projeto prevê o fim do voto secreto também para eleição da mesa e para a derrubada dos vetos do prefeito na análise de projetos de lei dos vereadores.
Nestes dois, é que está a divisão da casa.
A oposição teme que, expostos os votos dos vereadores, o rolo compressor da PCR seja maior ainda.
Já a situação defende a transparência. “O vereador precisa ter altivez e explicitar o seu voto, não ficar atrás de uma urna”, defendeu Carreras.