Foto: Rodrigo Lôbo/JC imagem O presidente da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Antônio Moraes (PSDB), negou que o grupo tenha colocado panos mornos no suposto caso de tráfico de influência praticado pelo presidente da Casa, Guilherme Uchoa (PDT), na concessão de guarda irregular de uma criança de um ano a um casal que mora nos Estados Unidos ao decidir não investigar o parlamentar. “Estamos apenas sendo cautelosos”, explicou, em entrevista à rádio JC News, nesta terça-feira (10).
Comissão de Ética da Alepe decidiu não investigar Guilherme Uchoa Guilherme Uchoa evita falar sobre decisão da Comissão de Ética de não investigá-lo Ele negou que a Comissão tenha decidido não investigar o deputado, ressaltando um parecer da Procuradoria da Casa, que orientou a Comissão a aguardar a investigação da Justiça para decidir se irá apurar as denúncias contra o presidente. “Auando a promotora deixou aqui a petição pedindo que a Comissão de Ética apurasse o possível envolvimento dele neste fato, ela em momento algum coloca nenhuma evidência de participação direta do presidente no caso”, disse o tucano.
Ouça a entrevista completa Ele afirmou que apenas ficou comprovada a participação de dois funcionários da casa, um médico e um advogado, o que, segundo o parecer da Procuradoria, deverá ser investigado pela Mesa Diretora, presidida por Uchoa.
A suspeita é de que Guilherme Uchoa colocou a máquina da Alepe a favor da adoção ilegal.
De acordo com o documento entregue pela promotora, o advogado Joaquim Pessoa Guerra Filho, que ajuizou o pedido de adoção, é funcionário Alepe.
Além disso, o médico Aldo Mota - também pertencente aos quadros da Casa, foi ao Hospital Tricentenário de Olinda para examinar a criança a ser adotada.
Também há indícios de que o apartamento declarado pelo casal pertence ao deputado.
A filha de Uchoa, a bacharel em direito Giovana Uchoa, teria praticado tráfico de influência para agilizar a adoção.
Após 85 dias sob guarda provisória de um casal formado por uma brasileira e um americano, a garota foi devolvida no último dia 2 à Justiça.
Neste período, ela chegou a ser batizada em uma igreja de Olinda e a madrinha foi Giovana Uchoa.
No dia 3, após cruzamento de dados do CNA, um casal foi convocado para receber a garota.