Rodrigo Lôbo/JC imagem Depois de muita polêmica na semana passada, a Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Estado (Alepe) reune-se hoje na casa para discutir o caso Guilherme Uchoa, acusado por promotora do Ministério Público de Olinda Henriqueta de Belli de uso da máquina pública para facilitar a adoção de uma criança, fora da lista de prioridades.

Não se sabe se o corporativismo irá imperar.

No entanto, caso as denuncias do MPPE sejam comprovadas e os deputados olhem o Código de Ética, Guilhere Uchoa pode pegar ao menos 30 dias de suspensão.

Veja abaixo A Comissão de Ética da Alepe é formada por sete deputados.

Ela é presidida pelo deputado Antônio Moraes, do PSDB.

Entenda a confusão A carta pública do presidente da Alepe é uma reação ao gesto da promotora da Infância e Juventude de Olinda Henriqueta de Belli, que entregou nesta quinta (5) à Assemblea Legislativa de Pernambuco (Alepe) um documento elaborado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em que apontaria supostos indícios de tráfico de influência na guarda provisória de uma criança a um casal que mora nos Estados Unidos.

O relatório apontaria participação da juíza titular da Vara da Infância e Juventude de Olinda, Andrea Calado, além do próprio deputado estadual e presidente da Alepe, Guilherme Uchôa (PDT) e de sua filha, Giovana Uchoa, na adoção ilegal do bebê de 1 ano.

As investigações iniciadas pelas promotoras Henriqueta de Belli e Andréa Karla em maio deste ano descrevem supostas irregularidades cometidas pela juíza, pelo presidente da Alepe e sua filha. “Explicamos o que o MPPE enxerga nos bastidores, apontando os supostos indícios do uso da máquina por parte do deputado e da filha dele, com base em alguns documentos.

A prova é documental, mas também não pode condenar ninguém fora do tempo”, ressalta, nesta manhã de quinta-feira. “A intenção é informar a sequência de fatos, aquilo que identificamos como possíveis influências políticas.

Como é uma parte ética não posso apurar, tem uma comissão competente para isso.

A partir de agora está nas mãos da assembleia.

Uma hora vão ter que dar um posicionamento”.

A suposta irregularidade começou a ser investigada quando o Conselho Nacional de Justiça denunciou que Andrea Calado concedeu ao casal, uma esteticista carioca e um piloto de aviões, a guarda provisória da menina, quando os dois nem sequer estavam inscritos no Cadastro Nacional de Adoção (CNA).

O bebê foi abandonado pela mãe no Hospital Tricentenário, onde nasceu, e ainda não estava disponível para os 37 casais e 10 solteiros que estavam na fila do CNA de Olinda na época.

A menina foi encaminhada a um abrigo, onde passou a receber visitas da esteticista carioca e do piloto de aviões que moram na Flórida.

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