Não se sabe se está relacionado diretamente a pressão de grupos sociais que cobram mais atenção com o Coque, mas o prefeito Geraldo Júlio mudou a sua agenda e fará o anúncio de intervenções para o bairro do Coque nesta segunda-feira, no prédio da Prefeitura da Cidade do Recife.
O evento está marcado para às 10;30 horas.
Pode fazer parte de uma estratégia simples, relacionada ao projeto imobiliário Novo Recife, cuja análise se eterniza nos escaninhos oficiais desde João da Costa.
A gestão Geraldo Júlio pode estar sentindo-se desconfortável, nestes dias de alarido virtual, de dar o aval para o projeto privado, não sem antes anunciar obras e melhorias na comunidade carente.
Menos mal.
Que ambos sejam concretizados.
Antes disto, o prefeito vai prestigiar, às 9h15 desta segunda-feira, a abertura do Fórum Nordeste 2013, no Arcádia do Paço Alfândega.
O encontro é promovido pelo Grupo EQM e tem como mote os desafios e oportunidades nos setores de biocombustíveis e energias limpas.
O fórum reunirá autoridades e especialistas para promover o debate sobre a utilização da tecnologia para o segmento no País.
A programação segue até às 15h30.
O evento contará com quatro palestras sobre o tema central, além de dinâmicas sobre as perspectivas do setor.
Divulgação O movimento que se apresenta como coletivo Coque REXISTE chegou a rumar ao Centro de Convenções de Pernambuco para solicitar a imediata interrupção do processo de despejo ou intervenções que estão em vias de ser realizadas no Coque.
O coletivo exigia a formação de um grupo técnico-científico composto por representantes dos cursos de pós-graduação da UFPE, Ministério Público Estadual, SPU, Secretaria de Direitos Humanos e 10 representantes da Rede Coque REXiste.
Carta governo do estado from Jamildo Melo Polo Jurídico do Recife preocupa moradores do Coque No mês passado, o movimento Coque (R)existe protocolou um total de 13 cartas em diversos órgãos estaduais e federais pedindo esclarecimento e posicionamento sobre as desapropriações que estão para acontecer no Coque. “Além disso, estamos buscando saber definitivamente o que acontecerá com o terreno que hoje encontra-se murado pela OAB”.
O objeto da polêmica são as obras de ampliação do sistema viário de acesso ao Terminal Integrado Joana Bezerra.
O processo de desapropriação conduzido pelo Governo do Estado de Pernambuco, em função da implantação das obras, atinge cerca de 60 famílias moradoras do Coque, área definida como Zona Especial de Interesse Social – ZEIS, pela Lei Municipal nº 16.176/1996.
O movimento reclama, essencialmente, que as famílias afetadas pela obra de ampliação do viário tiveram conhecimento do fato apenas recentemente, quando o projeto já se encontrava em fase de execução, ao receberem cartas convocando-as a comparecer à Procuradoria Geral do Estado, já para a negociação dos valores de indenização, sem terem sido nunca ouvidas em audiências públicas para possíveis contestações ao projeto ou apresentação de alternativas.
O movimento defende que a desapropriação não é realmente o meio necessário e existe um forma mais suave de ser fazer o viário sem desabrigar as famílias. “Entendemos que é possível promover alterações no projeto “Viário Joanna Bezerra”, sem que o interesse público deixe de ser contemplado, atingindo de forma menos gravosa o direito à moradia das famílias residentes na área discutida”.
O terreno cedido à OAB é o objeto do desejo dos movimentos ditos sociais. “Se o Estado entender que as obras relativas à ampliação do sistema viário na área do Coque não podem ser alteradas, implicando na necessidade de remoção de algumas das casas ali instaladas há mais de 40 anos, as famílias moradoras desses terrenos deveriam ser assistidas por processos de reassentamento em terrenos próximos ao local onde hoje estão instaladas”. “Nesse sentido, é importante lembrar a existência do terreno para o qual se planeja a instalação do Polo Jurídico Joana Bezerra, objeto da Operação Urbana Consorciada aprovada pela Lei 17.645/2010 (alterada pela Lei 17.714/2011), procedimento eivado de vícios de legalidade, que também se encontra inserido no perímetro da ZEIS Coque, o qual se apresenta como uma área apropriada tanto para a readequação do projeto, tendo em vista um novo traçado das vias, como uma alternativa viável à construção de unidades habitacionais para realocar as famílias desapropriadas, por se tratar de área não edificada”.