Foto: reprodução da internet Por Carolina Albuquerque Do JC Online Depois de destoar publicamente da candidatura presidencial do governador Eduardo Campos, o presidente do PSB no Rio de Janeiro e prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, veio ao Recife, ontem, quando tomou café da manhã com o líder socialista.
Do encontro, saiu o gesto de que estará com “o que o partido decidir”, afinando-se à cúpula do PSB.
Palanque fundamental para o voo nacional de Eduardo, o Rio, terceiro maior colégio eleitoral do País, segue indefinido e Cardoso tem sido figura polêmica.
Há duas semanas, pregou o apoio à candidatura do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, a opção do governador Sérgio Cabral (PMDB), algo descartado pelo PSB.
O clima esquentou quando o nome do ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão (PSB) surgiu como opção à candidatura própria no Rio.
Nesse momento, Cardoso declarou não ter sido consultado sobre o assunto, disparando que defendia o apoio a Pezão e à reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014.
A insurgência não agradou a cúpula do PSB.
Nos dias que se seguiram, notícias sobre um possível licenciamento de Cardoso da executiva estadual pipocaram, o que até o momento não ocorreu.
Leia também: O abacaxi que espera Eduardo Campos no Rio de Janeiro Chapas do Rio de Janeiro e Bahia são os desafios do PSB hoje, diz Eduardo PSB organiza megaevento para Eduardo Campos no Rio de Janeiro Ao aceitar um convite pessoal do governador, Cardoso – à frente do terceiro maior colégio eleitoral do Estado fluminense – demonstra a afinidade com o seu líder maior.
Dessa forma, o PSB tenta descascar, até então, o maior “abacaxi”. “Ele pode continuar a defender Pezão, essa é uma opinião pessoal dele.
O debate é livre.
Mas quando o partido decidir em 2014, ele estará com essa decisão”, disse, em reserva, um interlocutor de Eduardo.
O secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, eximiu-se de entrar em detalhes no assunto tratado entre Eduardo e Cardoso, mas admitiu que a prioridade, agora, é o “fortalecimento da chapa proporcional”. “A eleição majoritária só acontecerá em 2014”, pontuou.
O palanque do PSB no Rio de Janeiro segue uma incógnita.
Sem sucesso, o partido tentou atrair o senador Lindenberg Farias (PT), que quer disputar o Palácio Guanabara, mas não goza do apoio do PT.
Outra opção é uma aliança com o PDT, apoiando uma eventual candidatura do ex-ministro Miro Teixeira.
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