Em resposta ao post “Paciente baleado aguarda há dois meses por cirurgia no Getúlio Vargas, diz Aduseps”, a Secretaria Estadual de Saúde disse que o jovem Felipe Maciel, de 19 anos, não foi internado por lesão por arma de fogo, como foi informado pela Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps).
Paciente baleado aguarda há dois meses por cirurgia no Getúlio Vargas, diz Aduseps De acordo com a unidade de saúde, ele tinha dores abdominais, mas reconheceu que ele tem as balas alojadas no corpo. “O paciente vem apresentando uma melhora gradativa de seu quadro, mas ainda não tem condições clínicas para passar por um procedimento cirúrgico”, diz Secretaria, em nota enviada à imprensa.
Leia a nota na íntegra: NOTA DE ESCLARECIMENTO/ HOSPITAL GETÚLIO VARGAS Em relação à denúncia da Aduseps, sobre o paciente Felipe Maciel, de 19 anos, que, segundo a entidade, aguarda há dois meses por uma cirurgia no Hospital Getúlio Vargas (HGV), a direção da unidade esclarece: 1) O motivo da internação do paciente, no dia 16 de julho, ao contrário do afirmado, não se deu devido aos ferimentos provocados por lesão por arma de fogo.
O episódio havia ocorrido meses antes da sua entrada no Hospital Getúlio Vargas; 2) No dia 16 de julho, Felipe chegou ao HGV, reclamando de dores abdominais.
A equipe médica, em sua primeira avaliação, constatou que o paciente, que se apresentava paraplégico, estava debilitado, com perda de peso, sofrendo de insuficiência renal, já com escaras nas costas e com uma infecção nos ossos da face; 3) Desde então, Felipe vem sendo acompanhado por uma equipe multidisciplinar, formada por cirurgiões gerais, clínicos, bucomaxilofaciais, nefrologistas, entre outros. 4) No Hospital Getúlio Vargas, o paciente já passou por procedimento para limpeza cirúrgica das escaras, realizou diversas sessões de hemodiálise e vem sendo medicado com antibióticos de última geração para tratar a infecção; 5) O paciente vem apresentando uma melhora gradativa de seu quadro, mas ainda não tem condições clínicas para passar por um procedimento cirúrgico.
Ele está sendo acompanhado pela equipe médica da unidade e, tão logo apresente as condições ideais, a cirurgia será marcada; 6) Por fim, a direção do Hospital Getúlio Vargas reconhece a grande demanda de pacientes na emergência da unidade, mas garante que está realizando uma serie de ações para solucionar o problema, como a realização de visitas diárias de equipes multidisciplinares ao setor para agilizar a realização de exames, procedimentos e alta hospitalar.
O HGV também conta com convênio com o Hospital de Santo Amaro para realização de cirurgias de trauma, o que possibilita a rotatividade de leitos.
Além disso, a unidade está passando por uma grande reforma e ampliação da emergência, um investimento de R$ 5,2 milhões do Governo do Estado.
Ao final das obras, o setor irá dobrar a sua capacidade, passando dos atuais 50 leitos para 100.
Além disso, o hospital contará com salas sinalizadas de acordo com a gravidade do paciente, o que vai facilitar a classificação de risco dos doentes (com prioridade para os casos mais graves).
A expectativa é entregar a obra pronta no início de 2014.