Foto: Clemilson Campos/JC Imagem Do Jornal do Commercio desta quarta-feira (28).

SÃO PAULO - O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou ontem que falta traquejo político e diálogo à presidente Dilma Rousseff. “Eu tenho respeito por Dilma, uma pessoa honrada, séria, mas acho que muitas vezes a falta de traquejo político, de diálogo, é percebida pelos prefeitos, governadores.

Acho que o governo precisa dialogar mais, ter humildade.

Governar é um gesto de humildade, de construir consenso”, afirmou Eduardo, possível adversário da petista no próximo ano, no quadro Dois Dedos de Prosa, do Programa do Ratinho (SBT).

A entrevista deve ser exibida na próxima segunda-feira.

Questionado por Ratinho sobre quem - entre Aécio Neves (PSDB), Dilma e ele - poderia ser candidatos em 2014, disse que “todos podem estar dentro”. “A eleição não está definida.

O quadro dos partidos ainda não está definido.

A eleição de 14 está completamente em aberto, está zerada.” No início, Eduardo foi apresentado por Ratinho à plateia como o governador com melhor avaliação do Brasil. “Nós vamos fazer uma entrevista com ele e eu preciso do apoio de vocês,que vocês tratem ele muito bem.“Ratinho afirmou antes do programa que Eduardo é a pessoa mais citada nos e-mails que pedem paraque ele receba políticos no quadro Dois dedos de prosa. “Pedem mais que Dilma.

Porque é novidade.” Candidatura O governador-presidenciável afirmou que vê “com naturalidade” que a base de seu partido trabalhe seu nome como candidato à sucessão de Dilma Rousseff e disse que a legenda “sabe o tamanho da minha disposição sobre 2014”. “É natural que os partidos e a base partidária comece (esse debate), na medida que se aproxima a eleição.

O calendário eleitoral de 14 começa agora em setembro,final de setembro com os prazos de filiação, começa esse debate a se intensificar dentro dos partidos”, afirmou, antes de participar do Programa do Ratinho.

Eduardo repetiu, no entanto, que a decisão de concorrer ou não só será tomada “em 14”. “Se já tivesse a resposta agora a gente já estaria vivendo em 14.” O socialista disse também que o partido sabe qual é o tamanho da sua disposição sobre a eleição presidencial do ano que vem. “Tanto que me conduziu à presidência (do PSB) por unanimidade duas vezes.

Se não tivesse disposição de fazer diálogo, de construir consensos, não teria sido eleito duas vezes por consenso presidente do partido”, disse, acrescentando. “Mas, mais do que disposição, tenho responsabilidade.

Sei da situação que o país vive e sei que a gente tem de ter nessa hora muita responsabilidade com o futuro do país”, disse.

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