Foto: Alexandre Severo/JC Imagem A prefeitura do Cabo de Santo Agostinho está elaborando um documento com o depoimento do prefeito Vado da Farmácia (PSB) ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) sobre a polêmica dos restos a pagar deixados pelo ex-prefeito Lula Cabral (PSC).
O esclarecimento deve ser encaminhado ao Ministério Público no início da próxima semana.
Um procedimento investigativo foi instaurado pelo MPPE para levantar mais informações sobre as polêmicas dos restos a pagar deixados pela gestão do ex-prefeito.
A invesigação foi instaurada no dia 31 de julho pela promotora Alice de Oliveira Moraes.
Em entrevista a Rádio Jornal no dia 16 de julho, o atual prefeito do município, Vado , disse que havia recebido prefeitura com uma cifra de R$ 97 milhões a título de restos a pagar. “Nós pegamos o município com o deficit de R$ 97 milhões e com muitos restos a pagar.
Todo prefeito deixa muitos restos a pagar.
A gente sabe que é normal isso aí”, disse Vado.
Leia também: “Serviços públicos: as prefeituras” No Cabo, oposição propõe CPI para investigar suposto rombo de R$ 100 milhões nas contas O MP solicitou a prefeitura que fosse fornecida toda a documentação comprobatória da situação financeira do município no dia 31 de dezembro de 2012, quando a gestão foi passada para o atual prefeito.
O material deve ser repassado para o Ministério Público até o dia 09 de setembro.
Em conversa com o Blog, o secretário municial de Getão Pública do Cabo, Lucivan Oliveira, nega que o MP tenha solicitado algum tipo de documentação à Prefeitura do Cabo, mas sim um esclarecimento sobre a entrevista.
Ele também disse que a prestação de contas do exercício 2012 foi enviada, em tempo hábil a Câmara de Vereadores do município e para o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Se for enviada ao Ministério Público, a documentação será encaminhada para o Centro de Apoio em Matéria de Contabilidade. É o órgão do MP que irá analisar todas as informações encaminhadas pela prefeitura do Cabo e elaborar um parecer técnico sobre a gestão de Lula Cabral.
Caso sejam constatadas irregularidades, o Ministério Público pode entrar com uma ação judicial contra o ex-prefeito por improbidade administrativa, conforme define a Lei de Responsabilidade Fiscal.
De acordo com nota enviada por Lula ao Blog em julho, os restos a pagar deixados pela gestão dele são legais.
Ele atribuiu a situação financeira do Cabo a “várias obras em andamento, inclusive, do PAC”.
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