A Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) divulgou uma nota nesta segunda-feira (26) na qual convoca os sindicatos filiados a participarem nesta sexta-feira (30) do Dia Nacional de Mobilização e Paralisação.

A mobilização é pelo fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho de 44h para 40 semanais, reforma agrária, política agrícola e combate ao projeto de lei 4330, que permite contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade, sem estabelecer limites ao tipo de serviço.

Para o presidente CUT-PE, Carlos Veras, a conjuntura é favorável à manifestação, que dá continuidade aos protestos, passeatas e greves realizadas no dia 11 de julho, e potencializa a cobrança da pauta da classe trabalhadora. “Nossa pauta de reivindicações inclui ainda a luta pelos 10% do PIB para a Educação; 10% do Orçamento da União para a Saúde; transporte público e de qualidade/mobilidade urbana; valorização das aposentadorias; reforma agrária e política agrícola, além da suspensão dos leilões de petróleo”, diz.

Veras enfatizou que estudos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apontam que o trabalhador terceirizado recebe salário 27% menor que o contratado diretamente, tem jornada semanal de três horas a mais, permanece 2,6 anos a menos no emprego, e sua rotatividade é mais do que o dobro (44,9% contra 22%). “De acordo com o Dieese, a cada 10 acidentes de trabalho, oito acontecem entre os terceirizados”, ressaltou.