O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) realizou nesta sexta-feira (23) a cerimônia de lançamento do navio petroleiro Suezmax Dragão do Mar, ocasião na qual a embarcação deixou o dique seco com destino ao cais de acabamento do EAS.
A operação teve início às 11h e contou com a presença de executivos da companhia Petrobras Transporte S.A. (Transpetro) e do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (PROMEF), bem como dos milhares de colaboradores do EAS. “Estamos trabalhando forte e constantemente para aprimorar nossos processos e acabamentos e o Dragão do Mar é mais um passo que damos neste sentido.
Todas as encomendas do EAS estão enquadradas nas exigências de conteúdo nacional.
Este é mais um grande ganho para o País”, avalia o presidente do EAS, Otoniel Silva Reis.
O Dragão do Mar faz parte do pacote de encomendas do PROMEF ao EAS.
Seu lançamento marca tanto a consolidação da atuação do Estaleiro Atlântico Sul no setor naval brasileiro, após cinco anos de intensas atividades, como um importante passo em seu processo de amadurecimento: o início da construção simultânea de embarcações, como navios petroleiros e navios sondas (drillships).
Atualmente, o EAS está produzindo seis embarcações simultaneamente.
Além do Dragão do Mar (que entra na fase de acabamento), estão sendo construídos os petroleiros Suezmax do PROMEF C-004 (cujo processo de construção está em 57%); C-005 (em fase de montagem de blocos); e C-006 (em fase de fabricação de blocos).
Estão sendo montadas ainda, conforme encomenda da Sete Brasil, os primeiros navios sondas construídos no Brasil.
Os drillships 1 e 2 tiveram os primeiros cortes de chapas realizados, respectivamente, em março e julho deste ano.
Batizado em homenagem ao marinheiro e herói abolicionista cearense Francisco José do Nascimento, que entrou para a história como Dragão do Mar, o terceiro navio produzido no EAS entra agora numa fase que envolve o acabamento propriamente dito, a pintura da embarcação e testes.
Esta é a fase que antecede a prova de mar e a entrada em operação do navio, programada para dezembro deste ano.
Com a saída do Dragão do Mar do dique seco – espécie de eclusa com 12 metros de profundidade, 400 metros de comprimento e 74 metros de largura – o dique passa a abrigar o petroleito Suezmax C-004.
O Dragão do Mar possui mais de 274 metros de comprimento e 48 metros de largura (boca moldada).
Quando entrar em operação, terá porte bruto de 157,7 mil toneladas e capacidade para transportar um milhão de barris, mais de 45% da produção diária de petróleo do País.
O navio irá consumir 21 mil toneladas de aço em sua construção e terá as dimensões máximas para a passagem pelo Canal de Suez, que liga os mares Vermelho e Mediterrâneo.
Em termos de desempenho, o Dragão do Mar terá autonomia de 20 mil milhas náuticas, o que permitirá que ele complete uma volta ao mundo sem a necessidade de parar para abastecer.
Com o início das operações do Dragão do Mar, o Estaleiro Atlântico Sul irá totalizar a entrega de três navios petroleiros Suezmax, todos em conformidade com os padrões internacionais de qualidade da indústria naval.
Além do João Cândido e do Zumbi dos Palmares, o EAS já entregou o lower hull (parte inferior do casco) da plataforma de produção semissubmersível P-55, da Petrobras.