A Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco voltou a contestar o presidente da Câmara do Recife, Vicente André Gomes (PSB), que afirmou nesta quinta-feira (22) que o movimento mentiu ao acusá-lo de fechar o diálogo.
Procurado pela reportagem do Blog de Jamildo, o integrante da Frente Pedro Josephi reiterou que o socialista não cumpriu o acordo que fechou com o movimento.
Frente de Luta pelo Transporte acusa Vicente André Gomes de fechar diálogo Em nota, Vicente Andre Gomes desmente líder do movimento Passe Livre Câmara do Recife marginaliza integrantes de manifestação por melhorias no transporte público Um dia após protesto violento, Câmara volta à rotina, mas funcionários ficam cautelosos Ele citou que, em reunião de membros da Frente com o presidente durante a ocupação da Casa José Mariano, no último dia 8, ficaram combinados três pontos: uma audiência, em até 48 horas, com o prefeito Geraldo Julio (PSB); a tramitação do projeto de lei que estabelece Passe Livre; e a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o transporte público. “Desocupamos a Câmara por causa deste acordo, mas nenhum ponto foi atendido”, reclamou.
Pedro Josephi diz que Vicente André Gomes enterrou a CPI do transporte no dia seguinte à ocupação, quando o acertado era esperar até 15 dias para os integrantes do movimentos conseguirem as assinaturas necessárias.
Além disso, ele não agendou audiência com o prefeito nem colocou em pauta o projeto do Passe Livre.
O integrante da Frente ainda explicou que, nessa quarta (21), foi à Câmara por volta das 15h e encontrou os vereadores Raul Jungmann (PPS) e Jayme Asfora (PMDB), que se colocaram abertos ao diálogo.
Entretanto, ele argumentou que, naquele momento, o movimento tinha um itinerário de passeata para cumprir e que ele voltaria mais tarde, o que fez às 17h30, quando os parlamentares já tinham ido embora. “Também demoramos para voltar à Câmara porque, quando chegamos próximo ao Cinema São Luis, a polícia chegou com violência, atirando, e as pessoas se dispersaram.
Tivemos que reunir todo mundo novamente para continuarmos a caminhada”, comentou.
Sobre a violência praticada no ato, como queima de ônibus e depredação da Câmara, Pedro Josephi reiterou que a Frente de Luta não apoia este tipo de manifestação e que os responsáveis pelo vandalismo não foram membros do movimento. “Querero crer que o presidente não tenha agido de má fé, mas se esquecido (do que acordou)”, finalizou.