O volume de obras e serviços que a Compesa está realizando na Região Metropolitana do Recife têm preocupado a companhia em virtude do impacto dessas intervenções na mobilidade das cidades.

Esse sentimento foi externado nesta quinta-feira (22) pelo presidente da Compesa, Roberto Tavares, em debate sobre o Programa Cidade Saneada, a PPP do Saneamento, realizado na Comissão de Mobilidade Urbana da Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

A audiência atendeu à convocação do presidente da comissão, o deputado Sílvio Costa Filho.

O dirigente da estatal esclareceu as linhas centrais do projeto, um investimento de R$ 4,5 bilhões, e falou das ações já realizadas no Plano de 100 dias do programa. “Não há como realizar obras de saneamento sem abertura de valas e intervenções em vias movimentadas.

São transtornos passageiros.

O que devemos lembrar é o benefício à saúde e à qualidade de vida da população”, argumentou.

Outro ponto destacado pelo presidente da Compesa foi a questão da reposição de pavimento em intervenções de esgoto, sejam obras planejadas ou serviços de manutenção.

Segundo ele, o modelo de gestão da parceria público-privada estabelece que toda a recuperação do asfalto seja realizada pela Foz, a contratada da Compesa.

Essa sistemática é bem diferente do modelo atual, onde a Compesa faz os serviços de manutenção nas vias e as prefeituras, onde há convênios de cooperação técnica, são responsáveis pela pavimentação.

Nas obras planejadas, a responsabilidade desses serviços é da empresa contratada pela companhia. “O único parceiro privado para as questões de esgotamento sanitário será responsável por todos os serviços.

Isso vai ajudar a Compesa a exigir mais agilidade na prestação e qualidade dos serviços”, afirmou.

Além da realização das obras necessárias para ampliar e implantar a cobertura dos serviços de esgotamento sanitário nesses municípios, o Programa Cidade Saneamento tem como meta agilizar a execução dos serviços de manutenção.

Para isso, equipes estão trabalhando 24 horas por dia, atuando de forma preventiva e corretiva em todos os sistemas de esgoto existentes.