Foto: Clemilson Campos/JC Imagem Por Fernando Castilho Na coluna JC Negócios do Jornal do Commercio desta quarta-feira (21) O custo dos habitacionais Se o prefeito Geraldo Julio desejasse saber quanto vai custar cada casa que sua administração pretende entregar nos próximos anos e usasse como base de dados os habitacionais já contratados pela Prefeitura do Recife nas gestões João Paulo e João da Costa, precisaria que fossem revistos e somados os dados de contrato por contrato de cada um dos conjuntos. É que o modelo de contabilidade pública simplesmente não separa os projetos, de forma que hoje é impossível um gestor saber quando custou cada um dos habitacionais e muito menos o custo de cada uma das 5.369 habitações que João da Costa contratou na sua administração.

Porque nunca se fez a conta.

Oficialmente, uma casa do Minha Casa Minha Vida deve custar R$ 63 mil.

Mas hoje as prefeituras precisam juntar uma série de itens que começam na definição do terreno, cujo custo da desapropriação se soma aos do projeto, terraplenagem, construção, gerenciamento da obra e regularização de todas as unidades no cartório, além dos serviços de água e saneamento.

Só que os contratos não se somam, de forma que não se sabe quanto o município de fato pagou pelas casas que entregou.

Ninguém sabe quanto custou Não é um problema do Recife.

Não há notícia de prefeito que ao entregar uma casa a uma família retirada de uma favela lhe diga quanto ela custou exatamente.

Na verdade, poucos se interessam por isso apostando mais no gesto político.

O problema é que, como ninguém sabe quanto custou a casa que recebeu como bem, como patrimônio social, não é valorizado.