Blog Imagem O engenheiro Arnóbio Escorel, um dos donos da empresa Ecoleds Comércio de Equipamentos Eletrônicos - que venceu uma licitação feita pela Prefeitura do Recife para fiscalizar serviço de substituição de lâmpadas e acabou virando alvo de denúncias de irregularidades pela oposição ao prefeito Geraldo Júlio, na semana passada, afirmou, em entrevista ao Blog de Jamildo, ainda há pouco, que a vereadora Priscila Krause, do DEM, estaria defendendo interesses comerciais de concorrentes prejudicados pela perda da licitação, de R$ 2 milhões. “Eu queria saber se o nosso concorrente fosse vitorioso na licitação se não haveria questionamento sobre o edital.
Só depois que nós vencemos a licitação é que ela não presta?
Nós anunciamos que entraríamos com um recurso, entramos com um recurso e ele passou 45 dias para ser julgado.
Neste período de 45 dias, nada foi questionado pela vereadora.
Se a gente não tivesse entrado com o recurso, não haveria questionamento?”, pergunta, já respondendo indiretamente.
O empresário estava acompanhado pelo advogado da empresa, Jorge Baltar, que na semana passada já havia dito que a Ecoleds era alvo de um complô.
Arnóbio Escorel defende a tese segundo a qual, por ser nova no mercado, a empresa Ecoleds não conta com relações políticas nem lastro financeiro, tendo, assim, que enfrentar empresas montadas há 30 anos, já acomodadas e com lastro político e financeiro. “A reação política que estamos vendo vem daí.
A vereadora diz estar defendendo a sociedade, mas está defendendo interesses acomodados há 30 anos.
Ela está defendendo a proteção do mercado”, acredita.
Em defesa da empresa, o empresário aponta pelo menos uma incorreção na argumentação da vereadora de oposição. “A vereadora Priscila Krause disse que se estaria tendo uma licitação dirigida porque teria uma exigência de comprovação de engenheiro com curso na Eletrobrás (o dono da Ecoledes tem esse curso).
O edital não exige nada disto.
Ela está sendo enganada por esses grupos.
A empresa vencedora, após ser contratada, pode contratar alguém com esse curso ou mandar algum funcionário fazer o mesmo curso.
Quem não tem não ficaria de fora”, garantiu.
Vereadora não atende Nesta segunda e terça-feira, o empresário e o advogado tentaram visitar a vereadora, na Câmara Municipal do Recife, para explicar detalhes da licitação, mas não foram recebidos por ela. “Não temos nada contra ela.
Na verdade, ela está sendo enganada e queremos ajudá-la a entender o complô do qual estamos sendo vitimas.
Só conseguimos falar com o chefe de gabinete dela”.
Abalo de imagem Arnóbio Escorel conta que trabalhou por 35 anos na Chesf e saiu há um ano, em um plano de demissão voluntária, para montar a própria empresa. “É muito desestimulante, não sei porque não desisto. É muito duro ter o nome jogado na lama, ser apresentado como vilão, depois de ter uma vida exemplar como funcionário público.
Sai ligando para os amigos e familiares para dizer que era mentira.
Meus pais ficaram sem dormir”, conta.
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