Por Bruna Serra Do JC Online Designada para investigar as relações entre o governo de Pernambuco e a empresa Ideia Digital - que segundo relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) tem indícios de superfaturamento em contratos firmados com a secretaria de Educação -, a promotora Lucila Varejão solicitou ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) um ofício com detalhes da apuração feita pelo órgão, cujo conselheiro responsável é João Campos.
Ela também quer uma cópia do inquérito produzido pela Polícia Federal, requisitado à Procuradoria-Geral do Ministério Público. “Fizemos a conversão do caso em inquérito civil.
Pedi no ofício que o julgamento fosse agilizado.
E como também tive a informação de que o nosso procurador Aguinaldo Fenelon recebeu uma cópia do inquérito da PF, solicitei”, explicou a promotora.
Responsável pela apuração de outros casos que envolvem relações consideradas duvidosas entre o poder público e empresas privadas, Lucila atuou em processos cíveis como o escândalo das subvenções sociais da Assembleia Legislativa, em 2000, e no caso envolvendo a contratação da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), prestadora de serviços à Prefeitura do Recife entre 2002 e 2005 (gestão do ex-prefeito João Paulo, PT).
Promotora de Patrimônio Público, Lucila foi também uma dos quatro promotores designados para proceder inquérito sobre a contratação de 16 produtoras pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco para realização de eventos artísticos que não aconteceram, conhecido como o caso dos “shows fantasmas” da Fundarpe, em 2007.
A promotora se formou em 1992 pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e começou a carreira no MPPE em 1994, após ser aprovada em concurso. “Desde 1999 só trabalho com combate à corrupção”, ressalta.
Aguinaldo Fenelon ainda não designou promotor para apurar as relações da Ideia Digital com a secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco.