Foto: Ricardo B.

Labastier/JC Imagem Um funcionário dos Correios é alvo de uma ação de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco, acusado de violar correspondências para subtrair mercadorias recebidas como encomendas no Centro de Distribuição da empresa pública, no Recife.

Em outra ação, na esfera criminal, o empregado já havia sido condenado pela Justiça Federal, em março, a oito anos e quatro meses de reclusão.

Conforme argumenta a procuradora da República Mona Lisa Duarte Ismail, responsável pela ação de improbidade, o empregado aproveitava-se da condição de inspetor de segurança dos Correios para violar as encomendas.

A prática foi descoberta a partir de investigação iniciada pelos Correios por conta do aumento do número de reclamações de extravio feitas pelos clientes.

Na ocasião da prisão em flagrante do funcionário, em julho de 2012, foram encontrados smartphones, telefones celulares, câmeras fotográficas e equipamentos de fotografia.

Em depoimento à Polícia Federal, ele afirmou que praticou a violação de encomendas por aproximadamente quatro meses, chegando a vender parte das mercadorias no centro do Recife.

Após procedimento administrativo disciplinar instaurado no âmbito dos Correios, o funcionário foi demitido por justa causa em março.

Para o MPF, a conduta ímproba ocasionou enriquecimento ilícito e danos aos usuários dos Correios e à própria empresa pública, que ressarciu vários clientes prejudicados, além de violar princípios constitucionais da Administração Pública.

Caso seja condenado pela Justiça Federal, a pena poderá incluir ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a 10 anos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 10 anos.