Advogado da empresa Ecoleds Comércio de Equipamentos Eletrônicos - que venceu uma licitação feita pela Prefeitura do Recife para fiscalizar serviço de substituição de lâmpadas alvo de denúncias de irregularidades pela oposição -, Jorge Baltar acredita que a empresa, nova no mercado, é alvo de um complô. “A informação (de direcionamento da concorrência) foi propositalmente plantada, provavelmente porque o mercado, já acomodado, não quer empresas novas.

Querem desmoralizar a empresa, jogar a administração pública contra ela. É uma maneira de eliminar um candidato”, acusou sem citar nomes, em entrevista ao Blog de Jamildo.

Prefeitura do Recife nega licitação direcionada de iluminação pública No Recife, oposição denuncia direcionamento de licitação em programa de iluminação pública Oposição acionou TCE sobre suposto direcionamento de licitação e quer anulação de concorrência No Recife, empresa que venceu licitação do Reluz informou à Receita Federal endereço inexistente Sobre a denúncia da vereadora Priscila Krause (DEM) de que o endereço informado à Receita Federal não existe, o advogado explicou que houve uma mudança, protocolada na Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe) nessa terça-feira (13).

Em pesquisa no site da Jucepe, a reportagem encontrou o número do protocolo 13/743598-3 informado por Baltar, mas o site não informa de que trata a solicitação.

Procurada pela equipe do Blog, a assessoria de imprensa da Jucepe explicou que, por causa do fim do expediente, só poderia confirma a informação do protocolo de mudança de endereço nesta sexta-feira (16).

Segundo o advogado, a empresa funciona, agora, no número 12 da Avenida Presidente Dutra, na Imbiribeira, Zona Sul do Recife.

O endereço informado inicialmente na Receita Federal é Rua Américo de Campos, 59C, no Ipsep, Zona Oeste da capital pernambucana.

Baltar disse que existe, sim, o endereço informado à Receita e que a vereadora Priscila Krause (DEM), responsável pela denúncia, “não encontrou porque não sabe procurar”.

Em relação ao anúncio “anônimo” no caderno Classificados do Jornal do Commercio que dizia o resultado da licitação antes mesmo da abertura dos envelopes, o advogado argumentou que qualquer pessoa pode ter colocado a nota, independente de já saber o resultado. “Se a Ecoleads estava concorrendo, é óbvio que poderia vencer.

Vamos procurar o Jornal do Commercio para saber quem foi o responsável.

Por que a pessoa não fez a denúncia ao Ministério Público ou ao TCE ou não apresentou um recurso?

Isso já demonstra a má fé”.

Jorge Baltar ainda contestou a crítica de Priscila Krause sobre uma exigência do edital, que, por ser muito precisa, levantou a possibilidade de direcionamento.

Para ele, o órgão licitante tem o direito de fazer qualquer requisito. “Isso é uma atitude legal”.