Do Jornal do Commercio desta quinta-feira (8) Os produtores de filmes pernambucanos não precisarão mais sair do Recife para finalizar seus projetos.
Equipamentos similares aos existentes nos estúdios mais modernos dos Estados Unidos e da Inglaterra poderão ser utilizados por artistas locais na Rua do Apolo, 181. É lá que vai funcionar o Portomídia, uma unidade do Porto Digital que será inaugurada na próxima segunda-feira, com a finalidade de apoiar os empreendedores da economia criativa que fazem uso intensivo de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs).
Os setores a serem contemplados são os de multimídia, jogos digitais, cine-vídeo-animação, design e fotografia.
O empreendimento demandou um investimento de R$ 24 milhões. “Os estúdios funcionarão experimentalmente nos próximos quatro meses.
Vamos convidar produtores,artistas e o pessoal das universidades para experimentar o Portomídia”, explica o presidente do Porto Digital, Francisco Saboya.
O período experimental do Portomídia servirá de base para o Porto Digital montar as regras de acesso aos equipamentos. “A nossa intenção é construir um modelo que seja do interesse de todos e implantar uma política de preços competitivos para estimular os criadores pernambucanos a finalizarem as suas produções no Recife”, comenta.
Atualmente, alguns produtores locais finalizam os seus filmes no exterior e o serviço ainda sai mais barato do que se fosse feito no Sudeste do País.
Isso ocorre porque as poucas empresas que fazem essa atividade cobram preços semelhantes tanto no Rio de Janeiro como em São Paulo.
O Portomídia vai ocupar um espaço de 500 metros quadrados.
Serão implantados cinco laboratórios de imagem, som, design, animaçãoe interatividade, além da mais moderna sala de screen-test para mixagem e finalização de som e imagem do País.
Essa última terá o BaseLight 4, que permitirá o tratamento de cor e imagem em tempo real, scanner e impressora em três dimensões.
O empreendimento recebeu R$ 8,8 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 3,8 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), R$ 3,5 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado (Sectec), R$ 7,8 milhões do Ministério das Comunicações, também com uma contrapartida da Sectec, e R$ 128 mil do Sebrae-PE.
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