Do Jornal do Commercio desta terça-feira (6).
O estoque dos 32 principais reservatórios do Sertão de Pernambuco está reduzido a 16%.
Boletim de monitoramento atualizado ontem pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) mostra que, do 1,9 bilhão de metros cúbicos que esses açudes podem acumular, há apenas 305,2 milhões de metros cúbicos.
E o que resta de água está barrenta, imprópria para o consumo.
Um metro cúbico equivale a mil litros.
Em relação ao número de barragens, o desabastecimento atinge 56,25%.
Ou seja, 18 das 32 barragens estão em colapso. “Nesses casos, o nível da água se encontra tão baixo que só resta lama. Às vezes apresentam animais mortos como peixes, além de restos vegetais, que contribui para um processo de apodrecimento mesmo”, descreve o diretor de regulação de monitoramento, Sergio Torres.
O maior reservatório do Estado - o Engenheiro Francisco Sabóia, também conhecido como Poço da Cruz - ainda não entrou em colapso, mas está a caminho.
Localizado em Ibimirim, a 339 quilômetros do Recife, tem capacidade para armazenas 504 milhões de metros cúbicos, mas conta com apenas 87 mil metros cúbicos, o equivalente a 17,3%.
Na avaliação de Sergio Torres, quando atinge menos de 25% da capacidade, um açude passa a apresentar uma situação preocupante. “É como o tanque de um carro quando está a um quarto.
A gente tem que reabastecer, senão para”, compara.
No caso dos açudes, o reabastecimento tem sido feito por caminhões pipa. “Outras obras, como a perfuração de pequenos poços, construção de adutoras a exemplo da do Pajeú e barragens subterrâneas também estão sendo feitas emergencialmente”, relata.
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